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Filho pede ajuda para evacuação urgente de mãe doente

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O jovem Paulo Mariano procurou o Mindelinsite para pedir ajuda para a mãe Maria Augusta, de 53 anos, doente desde março passado e que precisa ser evacuada com “máxima urgência”. Conta que, por ser filho único presente, precisa trabalhar para garantir o sustento da casa, o que lhe impede de apoiar a mãe que está acamada e não pode fazer esforço.

Segundo Paulo Mariano, foi em março deste ano que a mãe começou a sentir algum incômodo num dos olhos. De imediato, procurou a Clínica de Oftalmologia do Hospital Baptista de Sousa para uma consulta. Desde então, conforme o filho, tornou-se uma paciente assídua deste serviço. “De início colocaram a possibilidade de uma evacuação, que não se concretizou por conta da pandemia da Covid-19. Mas a sua situação continua a agravar-se e, no dia 31 de agosto, quando foi para o hospital, disseram que a sua situação é muito grave e ela precisa ser evacuada com a máxima urgência”, relata.

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Neste momento, prossegue este jovem, a mãe encontra-se acamada e não pode fazer nenhum esforço. “Sou eu que tenho de fazer tudo, mas não consigo ficar com ela em casa porque preciso trabalhar. Moramos sozinhos pelo que preciso de ajuda”, clama este jovem, que se mostra desesperado com a situação da mãe. “Inicialmente disseram-me que a minha mãe tinha um pequeno corte dentro do olho, que surgiu de forma espontânea. A recomendação era para ela não fazer nenhum esforço e este iria recuperar. Mas não foi isso que aconteceu. A sua situação agravou-se muito”.

Paulo Miranda diz não entender como uma simples “névoa” num dos olhos pode ter evoluído para algo tão grave, capaz de tornar a sua mãe inválida. “Minha mãe queixa-se de dores fortes no olho. No hospital dizem apenas para repousar, mas a sua situação só piora. Agora resolveram avançar com os documentos de evacuação, quando podiam ter feito isto antes. Muitas pessoas já me disseram que, se tivéssemos dinheiro, ela já tinha sido evacuada há muito tempo. Não é justo. Será que se uma pessoa estiver doente e não tiver dinheiro tem de morrer?”, interroga este jovem, que diz não querer ver a mãe a sofrer, como tem acontecido nos últimos cinco meses. 

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Natural da ilha de S. Vicente e residente em Alto de Morabeza, Paulo pede ajuda de quem de direito para acabar com a dor da mãe, seu único apoio.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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