O Banco Alimentar em São Vicente está sem reservas para suportar as 160 famílias sinalizadas com cestas básicas, nos próximos meses. Esta situação, que deriva de uma fraca adesão à campanha de início de julho, leva a delegação em São Vicente das Organização das Mulheres em Cabo Verde, representante da instituição, a apelar por ajudas de pessoas e empresas.
“Durante o Estado de Emergência tivemos que reforçar as cestas básicas que entregamos às famílias sinalizadas, porque foi um período difícil para todos, ainda mais para estas pessoas que passam por dificuldades o ano inteiro. Porém o nosso estoque ficou em falta. Esperávamos que a última campanha tivesse sucesso mas, nos novos moldes, não teve o efeito que queríamos”, explica Fátima Balbina.
A delegada da OMCV acredita que a decisão de retirar os voluntários da porta dos supermercados e lojas, como é de praxe, foi sensata, porém prejudicou as arrecadações. Sobre este particular, Balbina lembrou que o papel dos voluntários nas campanhas já tinha sido enaltecido pela presidente do Banco Alimentar, Ana Hopffer Almada, numa entrevista ao Mindelinsite, onde esta os retratou como a “espinha dorsal da campanha”.
O Banco Alimentar costuma incidir as suas campanhas principalmente durante os meses de Junho e Dezembro, mas está o ano inteiro disponível para receber donativos, ja que, a cada dois meses, apoia mais de meio milhar de famílias em todo país com cestas básicas. Mas, neste momento, a falta alimentos para as doações de agosto, o que preocupa os responsáveis.
Refira-se que, em São Vicente, são 15 as associações espalhadas pelas comunidades, sendo que 14 representa 10 famílias cada, a quem são direcionados os donativos. A OMCV, que faz parte da lista, beneficia 20 famílias.
