A confiança dos cabo-verdianos inverteu a tendência de estagnação e situa-se abaixo da média da série, revela o Instituto Nacional de Estatística no Inquérito de Conjuntura no Consumidor referente ao1ºT 2020. Esta situação resulta de um abrandamento da confiança dos cabo-verdianos.
O inquérito revela ainda uma evolução negativa comparativamente ao trimestre homólogo. As famílias alegam que a situação económica do seu lar e do país evoluíram positivamente em relação ao trimestre homologo. Isto porque os preços de bens e serviços diminuíram, o mesmo acontecendo com o desemprego quando comparado com o mesmo período de 2019.
Entretanto, quando interrogados sobre o item poupança, a maioria admite que a situação actual não permite poupar. “No trimestre homólogo, esse percentual era de 70,2%, o que representa uma diferença de 22,3 pontos percentuais (p.p.) entre os dois períodos. De realçar que 7,2% dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país sendo que, no trimestre homólogo, esta percentagem era de 18,0%, registando uma diminuição de 10,8 p.p,” lê-se.
E as perpectivas para os próximos 12 meses não são nada animadores, tanto para a situação económica das famílias como para o país. Isto famílias acreditam que os preços de bens e serviços deverão aumentar. Já o desemprego deverá manter-se no mesmo nível do semestre homologo.
Boa parte dos cabo-verdianos, cerca de 79%, tem certeza absoluta que, nos dois anos, não pretende comprar um carro. Já 2,6% dos inquiridos admitem a possibilidade de comprar ou construir uma casa em igual período