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Covid-19: Investigação epidemiológica reforçada em Cabo Verde

A investigação epidemiológica foi reforçada em Cabo Verde. Inicialmente, os casos eram investigados a partir de pessoas infectadas. No entanto, após a detecção de cerca de 350 resultados positivos, a investigação veio a tomar outro rumo, com uma incidência directamente na população. Por isso foram montadas várias tendas, principalmente nos bairros da Capital, onde o vírus está mais activo.

Essa prática estende-se agora às ilhas do Sal e de São Vicente, que passam também a realizar testes rápidos. Segundo o infectologista Jorge Barreto, está prevista a chegada de uma máquina para testes PCR em São Vicente.

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O laboratório de virologia na Praia, teve um interregno por 3 dias, que impossibilitou a realização de testes. Na habitual conferência de imprensa, quisemos saber se esse acontecimento não torna a resposta da investigação pouco eficaz, sendo que o principal objectivo é isolar com rapidez todos os infectados, principalmente detectar os assintomáticos que constituem maior perigo pelo facto de não manifestarem nenhum sintoma da doença. O infectologista, Jorge Barreto respondeu que, com a chegada de mais reagentes e um aparelho novo para PCR à cidade da Praia deixam-lhes “mais à vontade” e vai permitir melhorar as respostas que o laboratório teve até agora. Isso se tudo correr bem e não houver avarias, situações imprevistas que podem acontecer.

Se tudo correr normalmente, a capacidade de resposta a nível de diagnóstico vai melhorar. Barreto adianta ainda que o intervalo de tempo entre a amostra vir e ter o resultado talvez venha a reduzir esse lapso tempo com a chegada de mais aparelhos e a capacidade para a realização de testes PCR em São Vicente.

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Saiba como funcionam os testes rápidos

Uma pessoa com anticorpos significa que teve contacto com o vírus, logo foi infectada nalgum momento. Os primeiros anticorpos surgem a partir do 8° – 10° dia após a exposição ao vírus e são chamados de IgM.

São anticorpos que revelam que a exposição é recente. Nesta fase ainda é possível detectar o vírus pelo teste PCR-RT. É isto que o Ministério da Saúde vem fazendo.

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Se o teste rápido identificar presença de IgM, a pessoa faz o teste de PCR-RT para confirmação. O teste rápido também pode ser positivo para IgG, que são anticorpos que aparecem mais tarde, quando o organismo já eliminou o vírus. Se o portador tiver somente estes anticorpos, chamados antigos, é desnecessário fazer o PCR-RT porque o virus NÃO SERÁ ENCONTRADO.

Pode acontecer também que, durante um tempo, a pessoa tenha resultado positivo para IgM e também para IgG. Aqui, ainda recomenda-se a realização do teste PCR-RT para se verificar se a pessoa ainda está activa do ponto de vista epidemiológico. Ou seja, se ainda tem o vírus, logo, se ainda é um potencial transmissor.

Todas as pessoas que foram infetadas com o sars-cov-2, o organismo delas produz anticorpos, primeiro IgM e depois IgG, ficando protegidas contra reinfeções pelo mesmo vírus. O que ainda não se sabe é se essa proteção é para toda a vida, como acontece com outras doenças.

Fonte: Médica epidemiologista cabo-verdiana

Nadine Gomes

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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2 Comentários

  1. O vírus está a circularno mundo desde Novembro. Só agora em Junho se deram conta que uma única máquina de detecção para todo CV não é suficiente.

  2. O que não foi dito, e praticamente nunca é dito, e precisa ser dito, é que por os anticorpos levarem alguns dias a aparecer, depois de a pessoa já estar infectada, como muito bem disse a Dra., não podemos confiar num teste negativo, pois a pessoa pode já infectar outra. É preciso muito cuidado para não se estar a dar segurança às pessoas com esses testes negativos. Meia informação pode ser tão perigosa como nenhuma informação.

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