PAICV denuncia situação generalizada de inoperância na implementação de medidas do Governo
Os eleitos nacionais do PAICV por São Vicente dizem ter constatado uma situação generalizada de inoperância na implementação das medidas adoptadas pelo Governo relativamente as linhas de credito e moratórias para minimizar o impacto da pandemia da Covid-19 nas empresas e nas famílias. A afirmação é do deputado João do Carmo, no término de mais uma visita de circulo para se fazer o diagnostico da ilha pós-estado de emergencia. Este aproveitou para destacar o bom trabalho feito pelas autoridades de saúde, municipais, forcas policias e militares pela eficácia na resposta perante o único caso confirmado e o comportamento e solidariedade dos mindelenses.
Mesmo assim, prosseguiu, é fundamental a continuação do bom comportamento, principalmente quando a circulação de pessoas a nível nacional e internacional começar. Nesta matéria, João do Carmo pediu ao Governo para agilizar a colocação de um equipamento de testes PCR em S. Vicente para servir toda a região norte. “Gostaria, entretanto, de dizer que constatamos uma situação generalizada de inoperância na implementação das medidas anunciadas pelo Governo quer com relação as linhas de crédito, quer com as moratórias. Na realidade tememos pela vida das empresas. Tememos uma dificuldade maior para às do sector do turismo, concretamente da restauração. Neste sentido, pedimos ao Governo o alargamento do horário de funcionamento dos bares e restaurantes. Se estão preparados para funcionar até as 21 horas, podem prolongar o horário até às 23 ou 24 horas.”
Também a situação social da ilha de São Vicente preocupa o PAICV. Segundo João do Carmo, há neste momento cerca de 26 mil trabalhadores a nível nacional em Lay-Off. A grande maioria, diz, sem nenhum rendimento, com uma situação muito difícil de sobrevivência. “Na realidade o trabalhadores cabo-verdiano esta triplamente prejudicado. Primeiro porque só recebe 70% do seu salário. Segundo porque metade destes 70% vem com muito atraso do INPS e, terceiro porque o Governo manda cobrar imposto da totalidade dos vencimentos nos 35% pagos pelo empregador.”
Aqui, o deputado tambarina aponta bateria para o INPS que, afirma, estranhamente no momento em que os trabalhadores deveriam contar com a previdência social se mostra completamente inoperante. “A incapacidade do INPS é gritante. Não consegue dar respostas num momento de emergencia. Pelas informações que tivemos do representante dos empregadores em S. Vicente, quase nenhuma empresa da ilha beneficiou dos 35% do INPS. Igualmente, não beneficiaram das medidas anunciadas pelo Governo, frisa, o que o leva a concluir que durante este período difícil e de grande intensidade de discursos e de boas intenções, na pratica nada aconteceu.
“Estamos perante um Governo do vamos fazer. Precisamos de um Governo mais social, mais atento, que toma e executa as medidas e que faz com que as instituições funcionam. Temos aqui o exemplo paradigmático do INPS em que um conjunto de medidas adoptadas pelo Executivo e que são fundamentais para o país, não foram cumpridas. Nesta altura, o INPS deveria ter outra postura e ser mais eficiente”, acrescentou João do Carmo.
João do Carmo deixou de falar dos transportes marítimos, nomeadamente, do navio Chiquinho. Um membro do Governo do PAICV que esmagou os contribuintes durante 15 anos critica uma lei que eles publicaram. Manuel Inocêncio, um homem muito rico, sabe que os recursos do Estado provém dos impostos. Digo isso porque estes depois deputados podiam tomar a iniciativa de baixar o salário que recebem e os subsídios e reverter o dinheiro a favor dos mais pobres.
O Luis de Pina podia também tomar a iniciativa de baixar o seu salário e reverter o dinheiro a favor dos mais pobres.
Porque não??
Na verdade, o presidente da república e toda a sua equipa da casa da presidência, o presidente da assembleia nacional e todos os deputados de todos os partidos, o primeiro-ministro e todos os membros do governo, todos o PCAs e diretores das instituições do Estado e das empresas públicas e das grandes empresas privadas, deveriam há muito tempo ter tido a nobre e mais do que justa iniciativa de abrir mãos de um mês do seu salário para ajudarem aqueles que passam por mais dificuldades por causa do coronavírus.
Não o fizeram porque se fingiram de distraídos.
Agora o que é patético, é que o Luis de Pina ache que no meio de toda essa malta, só o Manuel Inocêncio é que tinha obrigação moral de dar alguma coisa do seu rendimento.
Assim fica a impressão de que a opinião do Luis de Pina é movida por um enorme complexo e rancor pelo Manuel Inocencio.
Uma opinião assim, não ajuda e só atrasa o nosso país.