A cidade de Wuhan, origem da pandemia do novo coronavirus pretende realizar testes de detecção em massa na população, no momento em que surgem novos casos de infecção na região e cresce o medo de uma nova onda de contágio. Cada um dos 13 distritos da cidade de 11 milhões de habitantes tem dez dias para preparar os testes, de acordo com uma circular municipal divulgada pelo The Paper, o centro estatal de notícias de Xangai. A detecção será feita com ácido nucleico, diz a circular.
Nos últimos dois dias, Wuhan registrou seis novos casos de contágio, os primeiros em mais de um mês. São pessoas idosas que vivem na mesma residência no distrito de Dongxihu. Outros onze casos foram detectados em Shulan, na província de Jilin, o que colocou a região em “estado de guerra”.
A população de Wuhan permaneceu em lockdown por 76 dias, desde o fim de janeiro até 8 de abril. A cidade foi gravemente afetada pelo vírus, que infectou quase 83 mil pessoas e causou 4.633 mortes em toda a China, segundo dados oficiais, entretanto contestados por vários países. Em Wuhan, 3.869 pessoas morreram. A última morte causada pelo novo coronavírus no país foi registrada em meados de abril.
Os testes que as autoridades prometem realizar detectam o código genético do vírus e podem ser mais eficazes na identificação da infecção, especialmente nos estágios iniciais, do que os que examinam a resposta imune de um corpo, embora estes últimos sejam mais fáceis de conduzir. Nas últimas semanas, a China admitiu que a Covid-19 revelou “lacunas” em seus sistemas de saúde e prevenção de doenças infecciosas.
Novos casos também foram registrados em outro país asiático que parecia ter superado a pandemia. A Correia do Sul registrou na segunda-feira 11, 35 novas infecções, o maior número em mais de um mês. A capital Seul, a província vizinha de Gyeonggi e a cidade vizinha de Incheon decretaram o fechamento de boates e bares, porque as autoridades temem uma segunda onda epidêmica.
Fonte: Revista Veja e AFP