Covid-19: Serviços de saúde ainda com disponibilidade “confortável” de testes laboratoriais e equipamentos de protecção
Os serviços de saúde contam ainda com uma situação “confortável” de disponibilidade de testes laboratoriais para detecção do Covid-19, apesar do aumento das análises, segundo o infectologista Jorge Barreto. Pelas informações que dispõe, essa capacidade chega aos 1400 testes e há ainda kits de extração de material genético que dão para mais 1800 análises. Além disso, acrescenta o director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, tem havido um uso racional dos equipamentos de protecção individual, pelo que Cabo Verde não enfrenta neste momento o risco de ruptura de estoque, tal como tem acontecido nalguns países da Europa. “E estamos à espera de mais apoios internacionais, mas ainda não sei precisar a quantidade”, adianta Jorge Barreto.
As informações foram avançadas hoje na habitual conferência de imprensa, num dia em que foram anunciados 4 casos novos de Covid-19 na cidade da Praia (e não 5), que integram três pessoas assintomáticas e uma outra que estava na lista dos casos suspeitos, mas que já tinha alguns sinais típicos da doença. Um quinto indivíduo, cuja análise deu resultado positivo, já estava na lista dos infectados e foi sujeito a mais um exame de controlo, que confirmou a presença ainda do vírus no seu organismo.
Essa autoridade sanitária garantiu hoje que há mais seis indivíduos na lista de suspeitos de infecção, sendo dois na Capital e quatro na ilha da Boa Vista. De quarenta está um total de 456 pessoas: 305 na Praia, 15 em Santa Catarina, 54 no Tarrafal de Santiago, 33 nos Órgãos, 5 em São Filipe, 36 em São Domingos, 7 na ilha de S. Vicente e 1 em S. Nicolau. Já o número de infectados disparou para 114 e Praia, como reconhece Jorge Barreto, tornou-se no ponto quente da propagação do vírus, com casos novos surgindo quase todos os dias. Entre os infectados estão 4 profissionais de saúde do hospital Agostinho Neto, sendo dois deles médicos. No entanto, ainda as autoridades sanitárias não descobriram como apanharam o vírus. A investigação está em curso, mas Barreto lembra que as estruturas de saúde recebem pessoas teoricamente doentes e que muitas vezes estão assintomáticas.
Aliás, 75 por cento dos infectados são pessoas que não apresentam os sinais característicos da doença, como tosse, espirro e febre, os restantes têm sintomas leves a moderados. Segundo Jorge Barreto, ainda não houve nenhum caso de maior gravidade entre os pacientes.
