O desmoronamento de uma parede do primeiro piso de uma residência destruiu o telhado da casa de uma família vizinha na localidade de Bela Vista, em São Vicente. Felizmente que nesse momento não se encontrava ninguém em nenhuma das duas residências, segundo informações avançadas ao Mindelinsite por Eneida Lopes, moradora da moradia mais danificada.
O acidente aconteceu por volta das 14 horas de ontem, domingo. De imediato, uma equipa da Câmara Municipal de São Vicente deslocou-se ao local para se inteirar da situação das duas casas, ambas arrendadas e muito antigas, de acordo com a nossa entrevistada.
“Felizmente não havia ninguém em nenhuma das casas na hora do desabamento, que provocou um estrondo enorme. Mas estamos com muito medo porque a parede que desmoronou há muito vinha dando sinais de instabilidade, inclusive ontem tivemos de procurar um outro lugar para dormir”, relata Eneida Lopes, que tinha acabado de sair do quintal, onde retirou roupas do varal, quando a parede da residência vizinha cedeu sobre a sua casa.
Esta conta que a sua moradia, além de antiga, tinha um telhado na área da casa de banho que não teve resistência suficiente para amparar o impacto do desabamento. Mãe e filho de 11 anos estão agora assustados. “Estamos em choque. Se tivesse como pagar por outro lugar já tínhamos mudado de residência. Já recorri muitas vezes à Câmara para pedir uma habitação social, mas até agora não consegui”, lamenta Eneida, que trabalha como “serventa” do Hospital Baptista de Sousa (HBS).
Hoje ela resolveu fazer mais uma tentativa junto da CMSV. Como conta, apesar da promessa de que seriam visitadas esta segunda-feira por uma equipa do Pelouro Social, optou por amanhecer à porta da autarquia. “Tive de faltar ao trabalho e estou desde o início da manhã na Câmara para ver se me arranjam uma casa condigna para poder viver com o meu filho. As minhas coisas continuam na casa, mas não há condições para continuar. A casa de banho ficou completamente destruída, tenho muitos destroços no quintal e noutras partes. E há risco de novas derrocadas.”
No imediato, Eneida Lopes espera que a CMSV assuma a reposição dos materiais da casa de banho, que ficou totalmente destruída.
