O Club Sportivo Mindelense foi coroado na sétima edição da Gala do Desporto Nacional com o prémio “Mérito Desportivo – Alto Prestígio”, o momento mais aplaudido no evento realizado ontem à noite na pracinha do Liceu Velho, em S. Vicente. A distinção já era aguardada pela trajetória dos “leões encarnados”, que celebraram este ano o seu centenário e revalidaram ainda o título nacional em futebol.
O troféu foi recebido no palco pela direcção, equipa técnica e vários jogadores desse emblema, cuja história, nas palavras do presidente Daniel Jesus, foi erigida com luta, suor, lágrimas, sangue e “muita glória” de heróis imortalizados na marcha do clube, “tão sabiamente escrita e interpretada” pelo músico Morgadinho.
“Nós nos consideramos uns felizardos por estar aqui recebendo esta alta distinção. Felizardos porque, em 100 anos de existência, imagina-se a quantidade de pessoas que deram o seu desinteressado contributo para que pudéssemos ter esta honra”, reconheceu Jesus, que se declarou fiel seguidor de dirigentes que passaram pelo CSM como Adérito Senna, B. Leza, Jonzim Dadal, Cláudio Freitas, Isidoro Graça, Ricardino Vasconcelos, Gustavo Fernandes, Alcides Lima, Eduardo Fula, Alcindo Nascimento, Ricardo da Luz, Rito Melo, Bernardo Coelho, Augusto e Lela d’Raúl, Djack d’Beta, “só para citar alguns e apenas aqueles que já não estão entre nós”. Referências que, salientou o dirigente encarnado, serviram como uma homenagem póstuma, porque de inteira justiça. “Este reconhecimento é sobretudo para eles.”
O desporto cabo-verdiano, e de S. Vicente em particular, frisou Daniel Jesus, precisa de um Mindelense pujante e robusto, por aquilo que consegue transmitir de paixão tanto aos adeptos como aos adversários. É que, diz, sempre que esse clube considerado dos mais amados de S. Vicente e de Cabo Verde está forte, influencia positivamente o futebol nacional.
Dezasseis prémios estavam em jogo na sétima Gala do Desporto Nacional. Na corrida um total de trinta nomeados nas diversas categorias. No sector da comunicação social, a agência Inforpress conquistou tanto o prémio órgão de comunicação social como o de jornalista desportivo, este atribuído a Oldemiro Moreira. Na categoria “instituição parceira”, o troféu foi conquistado pela operadora de telecomunicações CV Telecom, que disputou a honra com a Kriol-Itá e a ASA – aeroportos e segurança aérea.
No campo propriamente competitivo, Fabrício Duarte foi considerado o melhor árbitro de Cabo Verde, distinção que coroa os 12 anos enquanto juiz de futebol. “É o reconhecimento por um trabalho árduo feito diariamente há vários anos, com sacrifícios familiares”, frisou o árbitro mindelense, que tem sido nomeado para apitar jogos importantes no calendário futebolístico africano. Em apenas um mês, realça, foi chamado para ajuizar três partidas, o que para ele é prova de um trabalho executado com qualidade e seriedade. “A ambição é ir mais longe, como uma CAN e a Copa do Mundo, objectivos de qualquer árbitro”, confessa esse juiz, que promete esforçar para ser recompensado.
Coube a Alcinda Lima o prémio Dirigente do Ano, momento que a responsável da Associação de Karaté de Santo Antão aproveitou para pedir aos tantos governantes presentes na cerimónia, inclusive o Primeiro-ministro e a tutela do Desporto, a construção de um pavilhão desportivo na ilha das montanhas. Um apelo reforçado pelos aplausos do público.
Aquilino Fortes, técnico do Atlético Clube do Mindelo, foi consagrado o Treinador do Ano, ele que venceu o campeonato nacional de andebol em masculino e feminino e ainda participou na Liga dos Clubes Africanos Campeões. Na sua curta mensagem, esse professor preferiu dividir a honra com a sua equipa técnica, dirigentes do clube e atletas.
O Atlético estava ainda nomeado para a categoria “Equipa do Ano”, juntamente com o Mindelense, título que foi atribuído à selecção nacional de futebol de praia do escalão feminino. Para Paulo Giresse, membro da direcção da FCF, esse prémio é um reconhecimento pelo trabalho em curso no futebol feminino. “Estar nomeado já era um prémio, ganhar é melhor ainda”, frisou Giresse, assegurando aos presentes e a Cabo Verde que as meninas vão dar ainda muitas alegrias ao país.
A ginasta Márcia Lopes foi a atleta merecedora do prémio “Fair-play”, pelo seu nível de desportivismo. Um reconhecimento pelo seu trabalho que a deixou feliz e dignifica a sua modalidade. No entanto, frisou, a Ginástica precisa ainda ganhar o espaço e a consideração que merece no panorama desportivo nacional, tal como vem acontecendo com outros desportos.
A atleta promessa deste ano é a jovem Melany Fortes, futebolista que ficou emocionada com a sua escolha para o prémio. “Ainda não estou a acreditar”, disse assim que recebeu o troféu. Já o desportista masculino residente na diáspora é o basquetebolista internacional Ivan Almeida. Representado pela mãe, esta encaminhou uma mensagem do jogador, que agradeceu a votação e confessou ser um filho que acredita em Cabo Verde e faz questão de carregar a bandeira do país onde estiver.
Evy Pereira foi consagrada a atleta feminina residente na diáspora. De forma humilde, a futebolista agradeceu o dom da vida e a todos aqueles que a ajudaram no seu percurso, lista em que inclui a família e os clubes por onde passou – Black Panther, Epif e Seven Stars. Para ela, o desporto tem a força de mudar vidas e gostaria de inspirar outras mulheres que sonham seguir carreira profissional.
A atleta feminina do ano é Rosângela Correia, ex-andebolista da Académica do Mindelo e há vários anos a jogar pelo Seven Stars, enquanto Gracelindo Barbosa foi coroado personalidade desportiva do ano. Para este medalhado atleta internacional, todos são vencedores quando trabalham para fazer o melhor por Cabo Verde.
À beira de completar os 100 anos, o Club Ténis do Mindelo foi a entidade escolhida para receber o troféu “prémio carreira”. Um prémio que, segundo o presidente do CTM, irá incentivar ainda mais a nova direcção, que está a encetar um trabalho de renovação e dignificação do espaço.
Pela primeira vez, a Gala do Desporto Nacional foi realizada em frente ao ex-Liceu Velho e aberta ao público. O evento foi um casamento entre o desporto e a cultura, mais precisamente a dança e a música.
Kim-Zé Brito
– Em tempos, um jornal da nossa praça escrevia de forma categórica num titulo de noticia em letras iper-grossas e enormes: AFINAL, NANY É DE SANTIAGO!
– Meses depois, em entrevista na televisão portuguesa e sem intermediários, Nany dizia de viva vóz: “Eu nasci na Amadora, os meus pais são de Cabo-verde. O meu pai é de S.Vicente e a minha måe é de Santo Antåo.
– E agora, o presidente da Câmara Municipal do Sal vem afirmar que Nany não tem razao quando diz que a måe é de Santo Antão porque ela é do Sal.
Falta só o facåo para cortar o futebolista em pedaços para cada ilha assegurar a sua parte.
Enquanto isso, nós ficamos confusos sem saber em quem acreditar. No jornal, no próprio Nany, ou no presidente Julio Lopes.
Há até já quem diga que as afirmações desse ex-jornal e do presidente sobre as origens do jogador, såo mais crediveis do que aquela do próprio jogador porque, foi o referido jornal que fez a cobertura jornalistica do parto do craque e que foi o Julio Lopes o parteiro de serviço.
O dia Nacional do desporto foi comemorado um pouco por todo o país, com o ato central da comemoração em S.Vicente, promovido pelo próprio governo (a gala do desporto Nacional).
Mas a TCV, mais uma vez como sempre, usando e abusando dos seus critérios que ninguem conhece, porque o que ela propala e tem escrito, não é o que ela faz na prática, geriu essa notícia da seguinte forma:
Enquadrados nas comemorações do dia Nacional do Desporto, aconteceu:
A notícia da “GALA DO DESPORTO” realizadea no Sábado em S.Vicente (que era o palco central das comemorações), foi passada uma única vez na TCV (Domingo à noite).
Entretanto, a notícia duma actividade desportiva realizada também nesse mesmo Sábado pela Câmara da Praia no pátio da TCV foi passada no Domingo à noite e hoje Segunda Feira às 13 h (e como ainda não são 20 horas desta Segunda feira, não se sabe se ainda não a passarão mais uma vez nesta noite, nem que seja por distração).
Portanto, alguém há de pensar que para a TCV, a grande Gala do Desporto, espectáculo de alto nível, promovida pelo governo, é menos importante do que os jogos para crianças, que a Câmara da Praia realizou no pátio da TCV.
Mas quem pensa assim está mais uma vez a deixar-se enganar.
A TCV age assim, por ser a principal instituição fomentadora do bairrismo e da discriminação no país, instituição que dá a sua vida (o carátcer, a vergonha na cara) para promover Praia com um tratamento como se fosse crime, tratar o país inteiro com igual respeito e consideração (afinal, é um orgão do Estado).
E se chamo a atenção para essa situação, é porque, ela não é fruto de algo ocasional.
É a base da atitude e o comportamento quase regulamentado (em regulamento secreto) da TCV, ao longo de vários e vários anos (de toda a sua existência).