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UNTC-CS diz que edifício-sede dos sindicatos de São Vicente lhe pertence de facto e de direito

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A briga entre a União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS) e a União dos Sindicatos de São Vicente (USV) atingiu outro patamar, com a central a dizer que o edifício onde os sindicatos estão sediados na cidade do Mindelo lhe pertence de facto e de direito. Este posicionamento de Joaquim Almeida contraria a tese defendida na semana passada por Tomás de Aquino, em conferência de imprensa, que garantiu que este bem patrimonial pertence aos trabalhadores.

A Secretária-geral da UNTC-CS garantiu que, contrariamente ao que disse o sindicalista Eduardo Fortes, a USV é uma estrutura intermédia daquela Central Sindical, que está a reivindicar um bem que lhe pertence, ou seja, o edifício onde está albergado a União dos Sindicatos de S. Vicente. “Temos o registo de propriedade e toda a documentação comprovativa. Se por ventura houver outro registo então cabe a estes apresenta-lo ao tribunal, que tem o poder de decidir”, frisou.

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Sobre a gestão da Sala Multiuso, mais concretamente a não presentação das contas, Joaquina Almeida alega que estão a alocar o espaço e os equipamentos com fins lucrativos e não apresentam contas à proprietária, no caso a UNTC-CS. Este é um dos motivos, prossegue, das auditórias em curso, que visam a actual gestão, a gestão anterior e as contas de gestão deste espaço. “Visam tão somente a transparência no que tange ao destino dado ao dinheiro dos trabalhadores.”

A SG deixa claro que a UNTC-CS não pretende sufocar ninguém. Estão sim a pedir contas à União dos Sindicatos do exercício da sua actividade, mais precisamente da gestão da sala multiuso, que pertence a Central e está a ser explorada com receitas das quais se desconhece o destino. Esta diz ainda que a resolução foi decidida na reunião do Secretariado Nacional do dia 25 de setembro, onde estiveram presentes dois membros da direção da USV, pelo que não se pode falar em perseguição da SG.

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Outro aspeto referido nesta conferência de imprensa foi a recusa, por três vezes consecutivas, em receber a SG para diálogo e busca de consenso no espaço que pertence à UNTC-CS. Segundo Joaquina Almeida, a USV trancou com cadeado o portão impedindo a SG o acesso ao imóvel.

Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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Um Comentário

  1. O espaço é da UNTC-CS sim e nós todos sabemos e vimos a documentação naltura. O prédio/espaço foi cedido em 2011 se não me engano à Central. Mas qual o problema agora. Sempre a USV e os sindicatos a compõem estiveram ali e a usufruir de tudo e de todos o espaço, até porque a USV não tem outros meios de rendimentos ou apoios que não as quotas dos sindicatos para fazer a “união” existir e funcionar.
    Ja é hora, ja passou da hora da UNTC-CS e a USV preocuparem só e somente com os trabalhadores que a cada dia estão e continuam fragilizados.
    O foco dos sindicatos, da Central e do sindicalismo é o trabalhador.

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