Um torneio de pétanque ou petanca está a decorrer na pequena comunidade do Lazareto, organizado por um grupo de emigrantes, sendo a maioria residente em França. Com oito equipas de dupla em prova, a intenção destes jogadores é estar a cada etapa numa localidade para atraírem mais praticantes e conviverem com os patrícios. A próxima será em Chã de Marinha e, no dia 28 deste mês acontece a final em Salamansa.
Oscar Gonçalves, que emigrou para França ainda criança, explica que querem mostrar este jogo que aprenderem no país que os acolheu, mas que a correria do dia-a-dia não lhes permite praticar por aqueles lados. “Só conseguimos jogar pétanque quando estamos de férias em Cabo Verde, porque na França raramente temos tempo para praticar. Depois os lugares adequados para jogarmos ficam afastados e não há essa convivência que temos aqui, quando estamos de ferias”, garante o organizador deste torneio.
Depois dos jogos, as famílias reúnem-se para se confraternizarem, a boa maneira cabo-verdiana. Normalmente este grupo de emigrantes praticantes encontra-se na Lajinha ao final da tarde para jogarem.
Alguns mindelenses, residentes no país, têm-se aventurado por esta modalidade. Isto porque, dizem, este desporto é muito similar ao “piks”, que fez parte da infância da maior parte dos cabo-verdianos. A diferença é que no “piks” joga-se com pedras achatadas, enquanto que pétanque ou petanca joga-se com bolas feitas de metal, e do tamanho aproximado de uma laranja. O campo usado na modalidade francesa tem de ser uma superfície rústica (terra, cascalho ou areia compactada) e pode ou não ter um limite.
O objetivo é ficar em um círculo desenhado no chão e rolar ou arremessar a bola o mais perto possível do alvo, uma bola chamada de cochon ou cochonete, que normalmente se apresenta de forma colorida. A cada rodada uma equipa ganha pontos e, para ganhar a partida, uma equipa tem que completar 13 pontos, primeiro do que o adversário.
Sidneia Newton (Estagiária)