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Serviço prestado pelo Cartório Notarial de São Vicente não é bom, dizem deputados do MpD

Os deputados do Movimento para Democracia (MpD) eleitos por São Vicente reconhecem que o serviço prestado pelo Cartório Notarial desta ilha não é bom. Esta consideração foi feita à imprensa no término de mais uma visita de círculo, no caso para preparar o debate sobre o Estado da Nação, que terá lugar a 31 de Junho. Ainda assim, em função das visitas e encontros realizados com as chefias de vários outros serviços e tendo em conta os projectos em curso, este garante que vão se apresentar no Parlamento com a cara levantada, porquanto as perspectivas são animadoras.

Por causa do aproximar do verão em que muitos emigrantes regressam à terra para férias e também do inicio da actividade académica para muitos alunos, de acordo com o porta-voz desses eleitos nacionais, João Gomes, esta visita de circulo procurou inteirar-se do funcionamento da Conservatória, Alfândega e Cartório e Notarial e visita à alguns serviços e instituições. Se nas primeiras a situação é mais tranquila, na óptica destes eleitos nacionais, no Cartório Notarial este reconhece que há problemas, ainda que opta por ilibar o Governo de responsabilidades.  

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“O Governo desde 2016 tudo tem feito no sentido de melhorar a qualidade e a quantidade do serviço prestado, até porque deste depende o clima de negócios em São Vicente. Reclamaram de instalações exíguas e a primeira medida do Governo foi no sentido novo espaço, uma escolha feita em consonância com os responsáveis deste serviço. Queixou-se da falta de pessoal e foram afectados mais funcionários ao serviço. Exigiu-se mais equipamentos, e foram atribuídos mais e melhores”, afirma, reconhecendo, no entanto, que infelizmente não se presta um bom serviço no Cartório.

Ao contrário, o que se vê são filas enormes à entrada do edifício que, concorda este deputado, não passam uma boa imagem para o público. Mas Gomes acredita que as medidas adoptadas recentemente pelo Governo, nomeadamente com a mudança de chefias, podem trazer melhorias. Neste sentido, apela ao brio profissional dos funcionários do Cartório, realçando que são pessoas com muitos anos de casa e podem contribuir para o melhoramento deste serviço essencial para S. Vicente.  

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Já a nível da Conservatória, congratula com a existência de três conservadores, sendo um para a área do registo civil, um segundo para o registo predial e um terceiro para o registo comercial e automóvel, o que, a seu ver, vai contribuir para a melhoria do serviço. Admite, no entanto, que persiste o problema do “sistema”, que falha quase diariamente, mas que ultrapassa os funcionários. A nível das Alfândegas, um dos serviços mais criticados pelos emigrantes, repete as novidades avançadas pelo vice-PM para do sector das Pequenas Encomendas, mas admite que ainda é preciso limar algumas arestas, sobretudo a nível da comunicação. Por isso mesmo, pede ao Ministério das Finanças e a Direcção das Alfândegas para criarem mecanismos de comunicação para facilitar os emigrantes, principalmente, que muitas vezes reclama por desconhecimento.

João Gomes destacou ainda os encontros com o presidente da Câmara de São Vicente e com o Secretário de Estado da Economia Marítima e diz que, mais uma vez, os deputados do MpD assistiram a uma apresentação do Projecto da Zona Económica Especial Marítima de São Vicente, já com planeamento detalhado, o que reforçou a sua confiança no desenvolvimento desta ilha. “Está-se a pensar São Vicente de olhos no futuro. Trata-se de um projecto ambicioso com acções de curto, médio e longo prazo. Estende-se até 2035 e contempla diversas áreas. Vai haver uma nova centralidade em São Vicente, baseada em Saragaça”.

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Para completar este quadro optimista, o deputado recorre ainda a alguns investimentos públicos, entre os quais a estrada Cidade-Baía das Gatas que será inaugurada em Julho e o Centro de Diálise do Hospital Baptista de Sousa em fase de conclusão. Mas também indica outros que sequer saíram do papel, caso do Centro Ambulatório e da nova Maternidade do HBS, obras que garante estarem com financiamento garantido e que se enquadram na Zona Económica Especial, e ainda o Oceanário do Mindelo, apresentado pela 3ª vez aos são vicentinos. Desenha, por outro lado, um novo horizonte para os jovens com as s formações e estágios profissionais resultantes de parcerias com a Escola Técnica e Cabnave.

Constânça de Pina

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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6 Comentários

  1. ….e quais as perguntas feitas pelos jornalistas ( Imprensa amiga que nunca faz perguntas constrangedoras )

  2. Zé Maria tinha como horizonte 2030
    MPD já acrescentou mais 5.
    2035.
    Pois é ! Tudo a empurrar com a barriga.

    Crescimento 7% para quando?

    Brincadeira!

  3. Sobre a conservadora Tirsa Fernandez prevaricadora que incorre em abuso no exercício do cargo e os utentes não reclamam , Joao me disse que e’ desleixo e vem agora a dizer que vai bem !!!

  4. Os senhores deputados só viram o serviço do cartório? Então andaram pouco. Precisam andar mais, muito mais, disfarçados de desconhecidos, porque se derem a cara serão prontamente atendidos pelos amiguinhos que têm nessas repartições públicas.
    A melhoria do serviço público em Cabo Verde começa pelo CHEFE DE REPARTIÇÃO ou QUEM ASSINA OS DOCUMENTOS, que deveria chegar no trabalho às OITO DA MANHÃ como todo funcionário e, estar lá a TEMPO INTEIRO assinando documentos que vão entrando; todos vêm essa situação porque está na ponta da língua da população, excepto os CHEFES que são “cegos”. QUEM ASSINA DOCUMENTOS nunca está presente, está sempre fora e, claro, um documento que qq cidadão devia levar na hora, tem de esperar porque quem devia assinar NÃO ESTÁ e, a papelada vai-se acumulando; o “SISTEMA” paga muita culpa.
    O Estado perde muito com isso, porque negócios que podiam ser feitos num dia, são feitos em meses, por causa da chefia que NUNCA ESTÁ.
    A Câmara Municipal de S.Vicente, fez um serviço muito bonito na sala de atendimento, só “esqueceu” de arranjar quem assinar/despachar documentos, para agilizar o atendimento.

  5. É muito bom fazer mudança, mas terá de saber como e quando o fazer. Por exemplo a mudança do Cartório Notarial de São Vicente, foi uma autentica disparate, sem falar na falta de consideração, respeito e humilhação pela pessoa do Notário, tendo em conta ter trabalhado há muitos anos naquela instituição e com uma competência de tira chapéu, de uma hora para outra recebendo uma transferência.
    Isso é lastimável a forma como foi comunicado.
    Agora povo são-vicentino, sejam sinceros. Quando se faz substituição é para melhorar não ao contrario. Como é possível substituir um Notário de um Cartório de Primeira Classe de São Vicente, onde a ilha tem uma única instituição, para uma Notaria em acumulação? Isso não tem cabimento nenhum. Isso é logico e bem claro, que ela não é nenhum robô, não vai conseguir nunca conselhar esses dois serviços que são tamanha de responsabilidades como Cartório Notarial e Conservatória dos Registos, da forma mais serena e querente. É claro que isso é notável a instabilidade no serviço, nos funcionários e em geral. A mudança não consiste só na transferência do dirigente, cara dos funcionários, do espaço físico, mas também na competência, responsabilidade e disponibilidade do outro a quem vai substituir; porque na acumulação de funções não é boa mudança. Por amor de Deus sejamos mais prudentes e querentes, nas tomadas de certas decisões. Se o Cartório Notarial não funcionava com um Notário competente das 8 ás l7 horas e agora como vai ser com uma outra em acumulação? Que com certeza não vai poder estar todo tempo normal de expediente, tendo em conta que tem outras responsabilidades e compromissos esperando por ela notra conservatória. Acho que essa mudança vai do mal a pior…
    Analisam bem isso…. Porquê em vez de substituir não colocar um adjunto? ou então um Notário sem acumulação.
    precisamos urgentemente de Notário definitivo no Cartório Notarial de São Vicente, porque essa modalidade não é funcional…

  6. O Dr. João Gomes falou muito bonito, apelando o brio profissional dos funcionários do Cartório Notarial de São Vicente. Mas eu pergunto, será que os funcionários estão sendo tratados para o tal? será que também o serviço dos Registos e do Notariado não terá de estar mais alerta aos interesses também dos seus colaboradores? Devem saber escutar e respeitar aos funcionários e se preocupando mais no sentindo de saberem se estão estimulados pela Direção e pelo dirigente do serviço? porque não fazem questionários anônimos dos funcionários para o descobriram? Gente nestas situações devemos estar atentos também aos interesses dos funcionários. Como podem dar aquilo que os não têm? será que o serviço também esta a se preocupar com esses pormenores e muitas vezes parece fúteis para eles?….É muito importante que os funcionários também se sintam estimulados e respeitados nos seus postos e nas suas funções como tal. Porque há dirigentes que usam e abusam do poder para os fazerem trabalhar com medo e não com prazer. O respeito não é medo, não se impõe. Procuram saber se os funcionários estão sendo bem cuidados. isso também é muito importante para bom funcionamento do serviço em geral. A SAÚDE PROFISSIONAL DE UM FUNCIONÁRIO FAZ DIFERENÇA!!! PENSE NISSO.

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