O futebol espanhol foi atingido por um escândalo, conforme noticia o jornal El Pais. É que vários futebolistas e dirigentes desportivos espanhóis são acusados de formar uma organização criminosa que combinava resultados na Primeira Liga, Segunda Divisão, e Segunda Divisão B do país, de forma a ganhar dinheiro através de apostas. Segundo o El País, um dos futebolistas envolvidos é Raúl Bravo (ex-jogador de Real Madrid, Olympiacos e da seleção espanhola retirado desde 2017) que, de acordo com fontes policiais citadas pelo diário, seria o cabecilha da organização.
Também foram capturados o presidente da Sociedad Deportiva Huesca e o responsável pelos serviços médicos do mesmo clube. Todos os envolvidos são suspeitos de associação criminosa, corrupção e branqueamento de capitais. As autoridades ainda estarão a desenvolver a investigação, intitulada “Caixa de Pandora”, e deverão levar a cabo mais detenções durante esta terça-feira.
Jogo entre Huesca e Nástic terá levantado suspeitas
O ABC indica que terá sido um jogo entre o Huesca e o Nàstic de Tarragona, na jornada 41 da Segunda Liga Espanhola de 2017/18, a espoletar a investigação. O Huesca, informa o Observador, já tinha garantido a sua promoção à Primeira Liga, enquanto que o Nástic precisava de vencer para a manutenção na Segunda Liga.
O jogo terminou com a vitória do Nástic por 1 a 0, com um golo de Ikechukwu Uche aos 72 minutos. Mas, horas antes do apito inicial, as maiores casas de apostas do mundo terão suspendido todas as apostas no resultado devido a um volume inesperado de investimentos provenientes particularmente de países do Leste da Europa. A maioria das apostas indicaria um empate a zeros ao intervalo e a vitória por um golo do Nástic, exatamente como se verificou. Foi a Liga Espanhola a chamar a atenção das autoridades para o evento, levando ao início da operação.
C/Observador.pt
