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Funcionárias de “Chez Noel” revoltadas: Grupo pressiona empresário para pagar salário em atraso

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Nove funcionárias da Churrasqueira Chez Noel estão a travar uma luta com o gerente para receberem o seu salário. O grupo já recorreu, sem sucesso, à Direcção-Geral do Trabalho, pelo que ontem resolveu procurar o patrão no novo espaço que está a abrir perto da praia da Laginha, para lhe exigir o pagamento do vencimento do mês de Abril. É que, como cinco explicaram ao Mindelinsite, o empresário comprometeu-se perante a DGT que iria saldar as dívidas na quarta-feira. Depois adiou o pagamento para ontem, sexta, e agora diz que só poderá entregar-lhes o valor na segunda-feira.

“Ele está a brincar connosco porque somos mulheres, mas vamos mostrar-lhe que nós também podemos lutar pelos nossos direitos. Viremos cá tantas vezes for preciso enquanto ele não nos der aquilo que é nosso de direito”, assegura Kerry Dias, que já decidiu abandonar a churrasqueira. Como diz, o patrão não tem respeito pelos seus funcionários, pelo que agora só quer receber o seu dinheiro e procurar um outro emprego.

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“Sofri um acidente no trabalho, ele levou-me para o hospital e deixou-me lá como se eu fosse um trapo. Entretanto deram-me dias de casa, eu não tinha meios para comprar os medicamentos e, para meu espanto, descontaram-me os dias que fiquei de baixa. Nesse mês recebi 9 contos em vez de quinze”, acrescenta Kerry Dias, que estranha como o dono da churrasqueira nega pagar-lhes e no entanto tem dinheiro para renovar o novo espaço.

Por aquilo que essas mulheres contam, além dos problemas laborais que enfrentavam, nunca usufruíram da previdência social. Daí que, segundo Márcia Duarte, o que lhes interessa neste momento é receber o seu salário e pronto.

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Neste momento, nenhuma das visadas confia no empresário. Uma delas é Nádia Morais, 22 anos, que trabalhou durante seis meses e decidiu sair por conta própria. Só que ainda não recebeu os 18 contos que, diz, a empresa lhe deve. E ela já está cansada do jogo de “gato e rato” que ele e as colegas estão a ser sujeitas. “Nenhuma autoridade parece ter poderes para obriga-lo a cumprir as suas obrigações, nem a Direcção do Trabalho e nem a Polícia. Entretanto viemos aqui pedir o nosso dinheiro, ele chama a Polícia e nos colocam na rua. Mas não vamos desistir”, assegura essa jovem, que ficou indignada quando, diz, o dono de Chez Noel lhe quis entregar dois mil escudos para ir-se desenrascando. “Neguei, é claro!”

Abordado pelo Mindelinsite, o empresário negou comentar as declarações das trabalhadoras. Deixou claro que está neste momento concentrado em reabrir o espaço e garantiu que vai pagar os salários em dívida na segunda-feira.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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5 Comentários

  1. Nes hora li k bo te pergunta ..cade o raio de quem te governa ess terra…..algum de direito pe tma providencia sobre es patrao abusado….pa se fosse pe ses interesse jas tinha leva tod cu d txom….

  2. Gostaria de conhecer esse palhaço. Cadê ele? A autoridade Tributária deste país devia cancelar-lhe a licença para abertura/remodelação do novo espaço para aprender a não brincar com os direitos das pessoas. Seu nabo!!!

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