A Polícia Nacional acaba de desmentir em comunicado uma “notícia” veiculada numa página electrónica sobre o alegado rapto de uma criança na localidade de Bela Vista, na cidade da Praia, por ocupantes de uma viatura. Conforme a informação divulgada, a criança alegadamente capturada pelos seus raptores no dia 12 de Maio estava amarrada e apresentava ferimentos, mas, conforme a PN, nada disso corresponde à verdade.
Como esclarece a PN, nesse dia a Unidade de Piquete da Praia foi realmente acionada pelo Centro de Comando, após receber uma chamada dando conta de um suposto rapto. Os alegados autores estariam numa viatura marca Audi, de cor vermelha, que estava a circular no bairro da Bela Vista. A vítima estaria amarrada dentro do carro.
“De imediato, o Serviço de Piquete deslocou-se ao local para avaliar da veracidade dos factos denunciados. No local, encontrou a referida viatura, com 3 cidadãos no seu interior, todos do sexo masculino. Os mesmos, de 18, 20 e 31 anos de idade, alegaram serem amigos e que estavam ali à procura de um cão de raça que estava desaparecido. A PN efectuou uma busca na referida viatura, tendo apenas encontrado uma coleira para cães”, esclarece o comunidade envido há momentos para a imprensa. Conforme esta autoridade policial, contrariamente ao que as imagens veiculadas nas redes sociais pretendem fazer crer, na viatura não se encontrava ninguém amarrado e tão pouco havia crianças no seu interior. Apenas os três jovens.
“No entanto, pela natureza da denúncia, a PN identificou os referidos indivíduos e os encaminhou para a Polícia Judiciária, para averiguações”, prossegue a PN, que pede serenidade e confiança à população e reitera a sua “firme determinação” no cumprimento da sua missão de proteger os cidadãos e melhorar o clima de segurança no país. Além disso, a Polícia Nacional apela à responsabilidade e precisão na partilha de conteúdos, que, quando descontextualizados, podem provocar alarme social. Aliás, a PN assegura que irá tomar as medidas que se impuserem para responsabilizar as pessoas que produziram essa “notícia”, com o suposto objectivo de provocar insegurança.
A peça, produzida em formato vídeo, foi descarregada no youtube e foi partilhada por várias pessoas. Entretanto a mesma foi retirada do ar, pois o Mindelinsite fez uma procura pela mesma e recebeu um aviso de que o vídeo encontra-se indisponível.
