CO filho e a nora do lendário Presidente da Guiné-Conacri (1958-1984) foram condenados na segunda-feira a sete anos de prisão nos Estados Unidos por escravizarem uma jovem durante 16 anos. O casal terá ainda de pagar uma indemnização milionária a vítima antes de ser deportado para o seu país.
Um juiz federal condenou Mohamed e Denise Toure a sete anos e outra de cinco de prisão, com as sentenças a serem cumpridas simultaneamente. O casal de Southlake, Texas, de 58 anos, também tem de pagar à vítima 256 mil euros de indemnização. Ambos serão ainda deportados.
“Ficou provado no julgamento que o casal levou a criança da sua aldeia rural na Guiné em 2000”, lê-se no Acordão, que refere ainda que Mohamed e Denis Toure forçaram-na depois a executar trabalhos domésticos sem remuneração durante anos.
O casal, acusado de a isolar da família, cometeu abusos físicos e psicológicos sobre a jovem, a quem confiscaram o passaporte, que permaneceu ilegalmente nos EUA a partir do momento em que o seu visto expirou.
As autoridades começaram a investigar o caso depois de a vítima ter conseguido fugir em 2016, com ajuda de ex-vizinhos. O casal já tinha sido condenado em janeiro, mas esta segunda-feira foi conhecida a sentença.
Mohamed e Denise Cros-Toure são, respetivamente, o filho e a nora do falecido presidente guineense Ahmed Sekou Toure, que ajudou a conduzir a Guiné-Conacri à independência do domínio francês. Sekou Toure foi o primeiro presidente do país, um papel que manteve até sua morte em 1984.
C/TSF