O Ministério Público determinou a abertura de um inquérito na sequência do acidente ocorrido na Madeira e que resultou em 29 vítimas mortais e 27 feridos. O autocarro, que transportava um grupo de turistas alemãs, caiu sobre uma casa desabitada. Suspeita-se que este acidente terá sido provocado por problema mecânico, mais concretamente nos travões.
O acidente aconteceu por volta das 18h30. O autocarro, que circulava na curva da estrada da Ponta da Oliveira e a rua Alberto Teixeira na zona de Caniço, Santa Cruz, caiu em cima de uma habitação, que estava desocupada. No local, estiveram 19 viaturas, entre unidades de desencarceramento, duas viaturas de intervenção rápida, ambulâncias e 44 operacionais.
O autocarro em que seguiam os turistas alemães pertencia à empresa SAM — Sociedade de Automóveis da Madeira, fretado pela Travel One, e transportava 55 passageiros, maioritariamente turistas alemães. O grupo tinha saído do hotel Quinta Splendida e dirigia-se para um no restaurante Livramento, no Funchal, para um jantar tipicamente madeirense.
Estão contabilizadas 29 vítimas mortais – 11 homens e 18 mulheres -, sendo que uma delas ainda foi transportada para o hospital, mas não resistido aos ferimentos. As vítimas eram de nacionalidade alemã e tinham entre os 40 e os 50 anos. Os corpos vão ser autopsiados num necrotério activado por baixo da pista do Aeroporto da Madeira, avançou o jornal Público.
Há também 27 feridos, confirmou Pedro Freitas, diretor adjunto da direção clínica do hospital Doutor Nélio Mendonça no Funchal, entre os quais dois são portugueses: a guia turística e o motorista da viatura.
O MP mandou abrir um inquérito na sequência do acidente, informou a coordenadora da Comarca da Madeira, Maria de Lourdes Correia, realçando que pediu ainda “apoio à Polícia Judiciária para a identificação dos corpos em colaboração com o Gabinete Médico-Legal e Forense do Funchal”.
A Força Aérea Portuguesa tem três aeronaves prontas a descolar, caso sejam activadas. Já o Presidente da República preferiu adiar a sua deslocação à Madeira para dar prioridade ao transporte aéreo de feridos.
C/Observador.pt