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Casal Vasconcelos e Rosália Lopes celebra hoje 60 anos de casados: “A Rosália é a diamante que lapidou o meu amor”

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“Ela é a diamante, a pedra rara inquebrável do meu amor! Foi ela quem lapidou a nossa familia!” A frase encerrou a entrevista com tremor na voz e lágrimas de gratidão. Lá dentro, Rosália Lopes estava na companhia da filha Paula e não pôde testemunhar esse momento ímpar. Para saber que, passados 62 anos desde o início do namoro, ainda Augusto Vasconcelos Lopes tremia a voz ao falar dela. E chorava, também.

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A emoção domina ainda o coração de Vasconcelos Lopes quando se lembra da trajetória ao lado da amada. Casal que, hoje, dia 27 de novembro, comemora 60 anos do matrimónio, “boda de diamante” que será celebrada num jantar/brinde com mais de 200 convidados, no hotel Porto Grande. Antes haverá uma missa de consagração de graça presidida pelo Bispo do Mindelo, Don Ildo Fortes, na igreja paroquial da cidade do Mindelo, dada a forte relação do casal com a religião católica. Esse momento será marcado pela troca de anéis de diamante personalizados, construídos em Portugal.

“Depois de um anel de prata, para assinalar os nossos 25 anos de casados, seguiu um anel de ouro, pelos 50 anos, e agora este de diamante, que marca a boda de diamante – 60 anos juntos”, comenta Vasconcelos Lopes.

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A história do casal começou em Portugal, país para onde Vasconcelos Lopes foi evacuado para tratar um esgotamento provocado por excesso de trabalho na antiga fábrica Congel. Na altura, a empresa registava um movimento extraordinário de pescado e sentiu o peso da demanda. “Chegamos a ter uma captura diária média de 12 toneladas, que exportávamos para Portugal e Itália”, elucida Vasconcelos, que estava a aguentar as férias do director.

Três meses após chegar a Lisboa, conheceu uma jovem de 23 anos, secretária do Instituto Nacional de Tuberculose, que viria a ser a sua futura esposa. A paixão começou a despertar quando Vasconcelos Lopes, com 28 anos, reparou no nível de inteligência dessa mulher, que costumava dar aulas particulares a duas meninas. “Sempre gostei de mulheres inteligentes!”, confessa.

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Aos poucos foi acontecendo uma aproximação natural entre os dois, até começarem a namorar. Ficaram um ano a residir em Portugal até se casarem no dia 27 de novembro de 1965. Logo no dia 17 de dezembro partiram para Cabo Verde, rumo a cidade do Mindelo, onde, entretanto, o empresário bravense já residia e trabalhava.

De regresso, Vasconcelos Lopes continuou a explorar a sua vocação para os negócios. Assim, saiu da Congel e comprou a Agência Tropical, que viria a abrir-lhe o horizonte para o mundo das apólices de seguro. Confessa, inclusivamente, que partiu dali a aposta que fez na seguradora Ímpar, hoje gerida pelo filho Luís Vasconcelos.

O casal teve quatro filhos – duas meninas e dois rapazes: Paula, Cláudia, Luís e Rafael. Todos formados e que acabaram por trabalhar no império financeiro que hoje tem na sua génese a marca “Vasconcelos Lopes”. “Todo este sucesso teve a mão da Rosália, que participava na gestão dos negócios e era minha principal conselheira”, salienta o empresário, que enaltece a capacidade de trabalho de Rosália Lopes. Segundo o marido, ela era metódica, organizada e rigorosa, a ponto de ter assumido a função de Consul Honorária de Portugal em S. Vicente e preparar com maestria os processos de pedidos de visto. “Todos os processos eram logo validados pela forma como eram organizados. Hoje as pessoas sentem falta do trabalho que ela fazia no consulado.”

Actualmente, Rosália Lopes está retirada da actividade profissional devido ao seu estado clínico. Mesmo assim, segundo Vasconcelos Lopes, continua a ser o pilar da família e da firma.

Inicialmente, o casal pensou em fazer uma cerimónia para apenas 60 convidados, número a condizer com os anos de casamento. O número mais que duplicou porque a cada instante lembravam de mais uma pessoa especial. Para Vasconcelos Lopes isto prova que conseguiu granjear um leque enorme de amigos. A festa acontece hoje com a missa às 18 horas e mais tarde o brinde que vai celebrar a boda de diamante.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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