O Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, encontra-se sob a mira da Justiça da Turquia. A imprensa internacional noticia que foi emitido no dia 7 de novembro mandados de captura do chefe do Governo de Israel por genocídio. Além de Netanyahu, a ordem inclui outros responsáveis israelitas, incluindo os ministros da Defesa, Israel Katz, e da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir.
No total, 37 suspeitos são alvos dos mandados de captura, segundo comunicado do Ministério Público de Istambul, mas que não forneceu uma lista completa. Entre os alvos, segundo o digital Dn.pt, figura também o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelitas, Eyal Zamir.
Com esta medida, Turquia mostra a sua posição contra “o genocídio e os crimes contra a humanidade perpetrados de forma sistemática pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza”. A Justiça turca refere igualmente o caso do “Hospital da Amizade Turco-Palestiniana” de Gaza – construído pela Turquia -, bombardeado em março pelo exército israelita, com o argumento de servir de base a combatentes do movimento islamita palestiniano Hamas.
A Turquia, um dos países mais críticos da guerra iniciada na Faixa de Gaza pelo exército israelita na sequência do ataque do Hamas de 07 de outubro de 2023 em Israel, tinha-se já juntado ao processo de genocídio contra Telavive apresentado pela África do Sul perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) no ano passado.
Entretanto, Israel rejeitou esta sexta-feira os mandados de prisão, que classificou como “golpe publicitário” do presidente turco Recep Tayyip Erdogan. “Israel rejeita veementemente, com desprezo, o último golpe publicitário do tirano Erdogan”, escreveu o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, numa mensagem em inglês na rede social X.
Saar acrescentou que o sistema judicial turco há muito que se tornou uma ferramenta para silenciar rivais políticos e deter jornalistas, juízes e presidentes de câmara. Uma referência particular ao autarca da Câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, opositor do presidente turco, preso desde março e alvo de numerosos processos judiciais.
C/Dn.pt e Cm.pt








