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Caso ministro Carlos Santos: PGR abre instrução criminal contra desconhecidos e o jornal Santiago Magazine

A PGR determinou a abertura de instrução no caso do ministro Carlos Santos por suposta prática do crime de violação do segredo de justiça por desconhecidos e de desobediência qualificada pelo jornal Santiago Magazine, órgão que publicou a notícia sobre a constituição do governante arguído num processo de lavagem de capitais.

Em nota, a Procuradoria-Geral da República explica que a peça jornalística tornou público pormenores do processo, ainda em investigação, que envolve o agora ex-governante. Acrescenta a PGR que, além disso, a notícia foi ilustrada com fotografias do auto de constituição de arguido, a que o jornal teve acesso. Na ótica da Procuradoria, a atitude o jornal electrónico é susceptível de indiciar, por ora, a prática dos crimes de violação do segredo de justiça e de desobediência qualificada, previstos e punidos no Código Penal.

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A informação foi hoje revelada pela PGR num comunicado publicado no Facebook, uma semana após a notícia do jornal Santiago Magazine. No dia seguinte a publicação, relembre-se, o ainda ministro do Turismo e Transportes fez um pronunciamento público e revelou ter colocado o cargo à disposição logo após saber que foi constituído arguido no processo. Alegou que fez isso para poder defender o seu nome e evitar manchar a imagem do Executivo.

No contacto com a imprensa, Carlos Santos afirmou estar inocente e esclareceu que chegou a receber, entre 2014 e 2016, depósito na sua conta bancária em Portugal que totalizou 25 mil euros, a pedido do advogado Amadeu Oliveira, pessoa das suas relações pessoais. Acrescentou que Oliveira lhe fez esse pedido pelo facto de não possuir conta bancária nesse país europeu e que jamais imaginaria vir a estar envolvido num processo-crime por causa desse acto.

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O certo é que foi notificado pela Procuradoria da República com as suspeitas de estar envolvido num crime de lavagem de capitais por causa dessa operação bancária.

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Kimze Brito

Jornalista com 30 anos de carreira profissional, fez a sua formação básica na Agência Cabopress (antecessora da Inforpress) e começou efectivamente a trabalhar em Jornalismo no quinzenário Notícias. Foi assessor de imprensa da ex-CTT e da Enapor, integrou a redação do semanário A Semana e concluiu o Curso Superior de Jornalismo na UniCV. Sócio fundador do Mindel Insite, desempenha o cargo de director deste jornal digital desde o seu lançamento. Membro da Associação dos Fotógrafos Cabo-verdianos, leciona cursos de iniciação à fotografia digital e foi professor na UniCV em Laboratório de Fotografia e Fotojornalismo.

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