A operação conjunta da Judiciária e da PN realizada ontem em Campim resultou na detenção de cinco pessoas, e não quatro como chegamos a noticiar. Outra informação apurada por Mindelinsite é que há neste momento apenas 4 arguidos presos preventivamente relacionados com a Operação Epicentro, realizada em junho nessa mesma localidade. Há uma semana, o Tribunal da Relação de Barlavento determinou a soltura de uma mulher.
O jurista Armindo Gomes aventou hoje a possibilidade de a PJ ter invadido pelo menos duas casas em Campim, na operação de combate ao narcotráfico desencadeada ontem à tarde, sem estar na posse dos competentes mandados de busca e apreensão. Gomes, que deve assumir a defesa de 3 dos arguidos, adianta que as informações foram prestadas por familiares dos suspeitos, pelo que pretende conferir a veracidade dessa denúncia no processo.
“Aquilo que posso afirmar é que a PJ derrubou portas de casas alvo de busca. Numa delas pude constatar que vasculharam tudo, incluindo roupas, e deixaram essa residência vandalizada, com os objetos atirados para o chão como se fossem lixo. Como se não bastasse, houve represálias aos moradores”, revela o causídico, para quem há sinais da prática de abuso de poder da polícia científica na intervenção feita ontem em Campim por volta das 13 horas, com apoio da Polícia Nacional.
Nessa ação, que ocorreu 4 meses após a Operação Epicentro em Campim, Armindo Gomes adianta que foram cinco pessoas detidas, e não quatro como o Mindelinsite adiantou ontem. Informação esta que foi confirmada agora por outra fonte abordada pela nossa reportagem.
Questionado sobre a eventual ligação entre a operação policial de ontem e “Epicentro”, Gomes responde que há especulações, mas que não tem nenhuma informação concreta. Esta manhã, no entanto, o nosso jornal soube que 3 dos cinco detidos ontem estarão relacionados com a Operação Epicentro.
Neste momento, conforme adiantou Armindo Gomes e confirmado pelo nosso jornal, há apenas 4 arguidos ligados a “Epicentro” a aguardar julgamento em prisão preventiva. A quinta pessoa, uma mulher, esposa de um dos presos preventivos, foi solta há cerca de uma semana. A ordem partiu do Tribunal da Relação de Barlavento, mas foi impossível ao nosso jornal saber os motivos que ditaram a sua soltura.
É muito provável que os cinco detidos ontem sejam apresentados ainda hoje ao Tribunal de S. Vicente para aplicação das medidas de coação.