Israel declarou esta quarta-feira “persona non grata” o secretário-geral da ONU, António Guterres, por não condenar “de forma inequívoca” o ataque de mísseis do Irã contra o seu território na noite de terça-feira. O anúncio foi feito pelo ministro das Relações Exteriores, Israel Katz.
“Qualquer um que seja incapaz de condenar de maneira inequívoca o ataque hediondo do Irã contra Israel não merece pisar em solo israelense. Este é um secretário-geral anti-Israel, que dá apoio a terroristas, estupradores e assassinos”, afirmou o governante em comunicado.
Na terça-feira, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente “com escalada após escalada” e apelou a um cessar-fogo imediato após o Irão atacar Israel com mísseis. “Condeno o alargamento do conflito no Médio Oriente com escalada após escalada. Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, frisou, através da rede social X. Esta publicação de Guterres surgiu pouco depois do início de um ataque com mísseis do Irão contra Israel.
“Em resposta ao martírio de [Ismail] Haniye, de Hassan Nasrallah e do mártir [Abbas] Nilforushan (ex-comandante da Guarda Revolucionária iraniana morto na sexta-feira Beirute), atacámos o coração dos territórios ocupados”, declarou, por seu turno, a Guarda Revolucionária do Irão num comunicado divulgado pela agência noticiosa estatal ISNA.
Guterres já se tinha manifestado “extremamente preocupado” com a escalada do conflito no Líbano. Pediu respeito pela “soberania e integridade territorial” deste país, horas depois de as Forças de Defesa de Israel (IDF) terem iniciado uma ofensiva terrestre para parar a ameaça do Hezbollah, cujo líder, Hassan Nasrallah, foi morto na sexta-feira num bombardeamento de Israel em Beirute.
C/Agências de notícias