MpD admite necessidade de “melhorias” na comunicação social após descida de C. Verde no índice da liberdade de imprensa
O relatório dos Reporteres Sem Fronteiras, que aponta para um retrocesso da liberdade de imprensa em Cabo Verde, levou o MpD a admitir ontem a necessidade de serem implementadas “melhorias” no sector da comunicação social. Para o partido que suporta o Governo, o país continua numa posição “relativamente boa” – no 41º lugar entre 181 Estados e territórios -, tendo reconhecido que há indicadores com sinais positivos e outros no sentido contrário.
“Tendo em linha de conta o caracter dinâmico desses indicadores, há a necessidade de um acompanhamento permanente do sector para se introduzir mais e melhores medidas de políticas que nos permitam aproximar dos lugares cimeiros”, frisou Vanuza Barbosa, Secretária-geral Adjunta do MpD.
Apesar do retrocesso dos indicadores, consoante o relatório dos RSF – que aponta para juma queda de oito lugares -, a porta-voz do referido partido considera que o Governo tem feito muito para se alcançar esse desiderato. Deste modo, destacou medidas como a aprovação dos novos estatutos tanto da ARC (Agência Reguladora para a Comunicação Social) como da RTC, um novo quadro “favorável” de incentivos ao desenvolvimento da imprensa privada, apoio às radios comunitárias e comerciais, introdução da Televisão Digital Terrestre (TDT)… Vanuza Barbosa assumir, entretanto, que o MpD está comprometido em trabalhar com todas as partes interessadas para garantir que a liberdade de imprensa continue a ser protegida em Cabo Verde.
O retrocesso de Cabo Verde no relatório dos RSF provocou críticas dos partidos da oposição e do próprio Presidente da República. Ontem, dia mundial da Liberdade de Imprensa, José Maria Neves salientou que esse facto interpela a todos a um “debate profundo” sobre as “falhas e deficiências existentes” no sector da comunicação social.
