Pub.
Social
Tendência

Sucesso do projecto reforço familiar e proteção das Aldeias SOS em SV determina a sua continuidade e expansão para Guiné Bissau 

Pub.

O impacto positivo do projeto “Melhorando a situação das crianças da cidade do Mindelo, através da capacitação parental e empoderamento económico das famílias”, gerido pelas Aldeias SOS através do Centro Social SOS do Mindelo, foi determinante para a sua continuidade e expansão para Guiné Bissau. O lançamento da nova face, que pretende consolidar o trabalho desenvolvido em quatro comunidades – Fonte Filipe, Ribeira Bote, Monte Sossego e Ribeirinha – ocorreu esta sexta-feira, no auditório da Universidade Lusófona de S. Vicente.

Segundo o Director Nacional das Aldeias SOS Cabo Verde, o projeto, agora denominado “Catalisando mudanças positivas em Cabo Verde e na Guiné-Bissau através do fortalecimento familiar e da troca de experiências”, está orçado em 1 milhão de euros, dos quais metade – 500 mil euros – vai beneficiar as famílias em São Vicente. Este tem por objectivo, afirma Ricardo Andrade, levar a que as famílias apoiadas pelas comunidades-alvo, cuidem e protejam os seus filhos. 

Publicidade

“Em dezembro, fizemos o encerramento do projecto, financiado pela Hermann Gmeiner Fonds. Mas entendemos que  o trabalho este deveria continuar, com uma metodologia diferente. Decidimos então adoptar o mesmo trabalho e fazer uma troca de experiência com Guiné Bissau, à volta dos mesmos desafios para podermos encontrar as soluções para relativas às vulnerabilidades das famílias, que levam ao abandono infanto-juvenil, que é algo que acontece especificamente em S. Vicente” explicou.

Para além das áreas já implementadas, nesta nova fase o projecto terá novas valências de fortalecimento familiar, designadamente a nível da capacitação parental. Em jeito de exemplo, este destacou como novidades o microcrédito e trabalhos relativamente a violência baseada no gênero. “Teremos uma série de parceiros transversais para a implementação do projecto, caso do ICIEG. Isto porque entendemos que este não é um trabalho que pode envolver apenas as Aldeias Infantis SOS. A problemática é específica e de S. Vicente, mas temos de desenvolver o projecto de fortalecimento das famílias, em conjunto com os parceiros, mas centrado nas crianças. Esta é a missão das Aldeias SOS.” 

Publicidade

O projecto terá a duração de  três anos, à semelhança do anterior finalizado em Dezembro. Em conjunto, de acordo com Ricardo Andrade, serão investidos 1 milhão de euros em S. Vicente em seis anos. “Fase a este número, entendo que este é um projecto que merece maior atenção por parte das autoridades”, sublinhou, realçando que vão ser contempladas 150 famílias com 450 crianças dos bairros da Ribeira Bote, Fonte Filipe, Ribeirinha e Monte Sossego.  

Em nome das associações comunitárias destes bairros, que assumem maior protagonismo nesta fase, Aldevino Fortes garantiu que, antes do projecto, Alto d’ Bomba Unido já trabalhava com crianças. Também faziam algum trabalho comunitário, mas sem grandes responsabilidades. Mas, com o surgimento da oportunidade de cooperar com as Aldeias SOS, perceberam o impacto que tinham na comunidade e começaram a trabalhar não apenas com as crianças, mas também com as famílias.

Publicidade

Começamos a perceber diferenças na vidas das crianças e na própria comunidade, sobretudo a nível do compartimento, civismo e não só. As pessoas mudaram completamente. Também os moradores passaram a ver a nossa associação de forma diferente”, explicou este líder associativo, para quem a assinatura agora do termo de entrega do projecto BMZ, é um reconhecimento do trabalho feito em conjunto com as Aldeias SOS. “A partir de agora a responsabilidade é nossa. As Aldeias vão apenas supervisionar o nosso trabalho. Ganhamos maior protagonismo na implementação deste projecto.”

A cerimónia de lançamento do projecto de reforço familiar” Catalisando mudanças positivas em Cabo Verde e na Guiné Bissau através do fortalecimento familiar e da troca de experiência, contou com a presença de várias instituições de cariz social e religiosas, e intervenções da presidente da AMSV. 

Mostrar mais

Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo