Uma segunda piroga, com 13 metros e meio de cumprimento, deu à costa no litoral da ilha de S. Vicente no início da manhã desta quarta-feira, 06 de março, mais precisamente na zona Norte d’Baia, com 11 sobreviventes. Este é o segundo incidente com embarcações de fabrico artesanal transportando imigrantes ilegais com uma diferença temporal de apenas três dias. No domingo, como noticiou o Mindelinsite, foi encontrado um primeiro bote artesanal com cinco sobreviventes e cinco cadáveres no litoral de Calhau.
De acordo com o Comandante dos Bombeiros de São Vicente, o alerta foi dado por volta das 7h20 da manhã. De imediato, os soldados da paz e a Polícia Nacional deslocaram-se ao local e encontraram a piroga com as 11 pessoas. “São todos adultos do sexo masculino e, aparentemente, estão estáveis, pelo menos parecem estar em melhores condições física do que os socorridos no domingo.”
A piroga, diz Amílcar Ganeto, deu à costa numa praia localizada depois do arrastadouro da Baía, onde habitualmente as pessoas costuma fazer passeios. “É difícil neste momento precisar a idade dos sobreviventes e também saber quantas pessoas estavam na embarcação que deu à costa. Os resgatados não conseguiram ainda fornecer mais informações às autoridades”, acrescentou.
Este caso é em tudo semelhante a outros de embarcações que ficam à deriva no Oceano Atlântico e que acabam por ser arrastados por correntes marítimas e pelo vento para o arquipélago. Partem do continente africano na expectativa de chegar à Europa, na maioria das vezes, entrando pelas ilhas Canárias, sem meios próprios.
Desta vez foram resgatados onze pessoas com vida, que vão ser transportadas para o Hospital Batista de Sousa. Desconhece-se, pelo menos por agora, as nacionalidades dos sobreviventes.