A Delegacia de Saúde de São Vicente convocou os parceiros para, juntos, traçarem estratégias para prevenir e controlar a dengue, na sequencia da confirmação laboratorial de dois casos na cidade da Praia, ilha de São Vicente. Ainda antes do encontro realizado na tarde de hoje, segundo a delegada-substituto, a DS reforçou a sua presença no aeroporto e no Porto Grande, com equipas de enfermeiros a medir temperatura e a divulgar informações sobre a doença.
Jaqueline Cid justificou a realização do encontro, esta tarde no auditório da Delegacia de Saúde, com a necessidade de prevenir, controlar e minimizar as consequências da doença, tendo em conta as ligações diárias entre esta ilha e Santiago, através de voos e também por via marítima. “Na sequência da confirmação dos dois casos na cidade da Praia, ativamos o plano de contingência. Reforçamos a nossa presença no Aeroporto Cesária Évora e no Porto Grande. Temos enfermeiros a fazer o controlo de temperatura e também a partilhar informações com os passageiros sobre a dengue”, declarou.
Em caso de algum sintoma, febre por exemplo, serão adoptadas medidas logo à entrada da ilha. “Temos alguns procedimentos que iremos fazer e alguma investigação. As nossas equipas, tanto no aeroporto como no porto, estão a trabalhar com escalas, sempre que chegam voos ou barcos, sobretudo de Santiago”, pontua. Questionado se este plano de contingência é parecido com o implementado durante a pandemia da Covid-19, Jaqueline Cid deixa claro que são doenças com especificidades diferentes. “O plano de contingencia de Covid serve de suporte para várias coisas. Covid não foi apenas problemas, foi uma grande oportunidade de aprendizagem para a saúde pública”, sublinha.
Relativamente ao encontro realizado esta segunda-feira, esta médica afirmou que o propósito foi ativar todos os parceiros, tendo em conta que São Vicente é uma ilha com ligação directa com Santiago e, a qualquer momento, pode ser surpreendida. “É neste sentido que fizemos este convite para os nossos parceiros estarem connosco: Câmara, Ministérios do Ambiente e da Educação, Comunicação Social, dirigentes do aeroporto e do porto, hospital, clinicas e laboratórios privados, Proteção Civil e sociedade civil de uma maneira geral. Queremos conhecer a resposta que cada um frente a situação.”
No caso da Delegacia de Saúde, garante que as atividades de luta anti-vectorial são ininterruptos ao longo do ano, antes e depois das chuvas. Localizam os focos de mosquitos para fazer a desinfestação, mas também são alertados pela própria sociedade civil. Nestes casos, atuam em conjunto com a CMSV e com o Ministério do Ambiente, por forma a evitar a proliferação de mosquitos.
Não obstante a confirmação dos dois casos na Praia, Jaqueline Cid alega que, em S.Vicente, não houve aumento de chamadas por parte da população. “Estamos a trabalhar na normalidade. Qualquer atividades que tivemos de fazer dentro da comunidade são de caráter preventivo”, conclui.