Está proibida a realização de festas de fim-de-ano na via pública em qualquer ponto do território nacional, garantiu o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva na sua declaração ao país esta manhã. Com isso, fica também solucionado o “braço-de-ferro” entre o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto César Neves, e o Delegado de Saúde Elisio Silva, por causa do reveillon na Rua de Lisboa que tinha como cabeça-de-cartaz o artista Djodje.
De acordo com o Chefe do Governo, apesar dos bons níveis de vacinação atingidos, o número de casos positivos tem aumentado em Cabo Verde e muitas das infecções estão associadas ao ajuntamento de pessoas. “São festas e espectáculos sem observância de normas de protecção sanitárias”, pontua, lembrando que a vacinação protege a saúde, mas não evita os contágios.
Neste sentido, afirmou, estão proibidas as festas ou celebrações de ano novo na via pública, com excepção de as de cariz religiosa. A realização de espetáculos só é permitida mediante a apresentação obrigatória de testes negativos e de Certificados de Vacinação ou de Recuperação, em locais confinados e adequados. “Não serão autorizados pelos delegados de Saúde espetáculos, festivais, festas e todas as demais actividades realizadas em espaços cobertos e com mais de 500 participantes.”
Antes, o Director Nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto, também já tinha manifestado apoio a Elísio Silva sobre a realização do show na Rua de Lisboa e que teria como principal actrativo o artista Djodje. O DNS enfatizou que defendia a mesma opinião do Delegado de Saúde de S. Vicente, visto que o país continua a lidar com a pandemia e o momento ainda não é o indicado para se baixar a guarda.
“Estamos em plena pandemia e cada um deve ter consciência do seu papel para travarmos a Covid-19. Ainda não é momento para estarmos a baixar a guarda”, enfatizou Jorge Barreto, lembrando que ninguém consegue ter controlo em ajuntamente na rua.
Aliás, o Director Nacional da Saúde pede cautela a quem pretenda sair para festejar no dia de S. Silvestre. Como diz, esse divertimento pode custar uma factura muito pesada para os outros mais tarde. Barreto pediu deste modo aos cabo-verdianos para evitarem ao máximo as aglomerações.
Em suma, não vai haver festas de fim-de-ano nas ruas e, para inibir “tentações”, haverá reforço da fiscalização.