O Pessoal Navegante de Cabine da Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV), cujos voos são operados pela Bestfly, entregou um pré-aviso de greve com duração de 48 horas, para os dias 17 e 18 do corrente mês. Em causa, o incumprimento de um conjunto reivindicações por parte da empresa.
De acordo com Joaquina Almeida, que falava em conferência de imprensa hoje na cidade da Praia, com este anúncio pretendem chamar a atenção das autoridades para um conjunto de fatores que lesam vida desses trabalhadores. Afirma que o Pessoal Navegante de Cabine já tentou, por diversas vezes, dialogar com a direção, sem sucesso. Isto porque, diz, este tem estado, na maioria das vezes, ausente do país.
“O sindicato que representa este trabalhadores, o SACAR (Sindicato da Administração Pública Central), depois de várias tentativas, conseguiu reunir-se com o director uma vez. No encontro, ficou assente que este sindicato enviaria o caderno reivindicativo para depois as partes se reunirem, para a sua analise e discussão. Ao invés disso, a empresa remeteu uma carta ao sindicato só com promessas, sem nenhuma certeza de resolução dos problemas”, descreve.
Para Joaquina Almeida, foi esta indiferença e insensibilidade por parte da TICV para com os tripulantes de Cabine que levou os levou a procurar o seu sindicato para fazer valer os seus direitos laborais, que vem sendo violados sistematicamente. Na sequência, afirma, foi enviado um pré-aviso de greve às autoridades competentes, para os próximos dias 16 e 17 de novembro.
Entre as muitas reivindicações dos PNC, esta dirigente sindical destaca o não pagamento de seguro de inibição de voo, do subsidio de turno, feriados, folgas horas extras, a persistência da cultura do medo, perseguição e assédio no local de trabalho, o incumprimento do decreto-lei n.6/2009 e, relação ao tempo para alteração e publicação da escala de serviço e o período de descanso semanal.
“Esta greve visa chamar a atenção para estas questões pendentes e buscar uma resolução eficaz por meio de negociações construídas”, informa a SG da UNTC-CS, realçando que toda essas situações mexem com o estado psicológico destes trabalhadores a ponto de provocar stress generalizado, que os afeta, afecta os seus familiares e a própria segurança do voo.