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OMCV busca financiamento para reabilitar delegação de São Nicolau

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A Organização das Mulheres de Cabo Verde vai procurar financiamento para reabilitar a sua sede em São Nicolau, que se encontra muito degradada. Esta informação foi avançada ao Mindelinsite pela presidente desta ong, Eloisa Freire Gonçalves, que se mostra bastante optimista no término de uma visita a ilha de Chiquinho para inteirar-se da realidade e reunir-se com o núcleo local da OMCV, no sentido de reativar e voltar a dinamizar a organização na ilha de São Nicolau. 

Segundo Eloisa Gonçalves, a delegação da OMCV em São Nicolau precisa de obras urgentes devido ao estado de degradação. “Temos um bom espaço, que precisa de uma intervenção urgente. Mas somos uma ong e dependemos de financiamento. O nosso compromisso é procurar recursos para isso”, afirmou esta responsável que, diz já ter reunido com os edis das Câmaras da Ribeira Brava e do Tarrafal, com ambos a se mostrarem disponível para apoiar a organização dentro das suas possibilidades. 

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Abordou ainda as entidades públicas e privadas, e privados, no sentido de procurar parcerias e identificar necessidades ou áreas temáticas para trabalhar. Enquanto isso, prossegue, a OMCV vai continuar a fazer as suas atividades, até porque esta já está habituada a fazer sensibilização em qualquer espaço, seja debaixo de uma árvore, em um jardim, varanda de uma casa, etc. “Na ilha de São Nicolau existem escolas, bibliotecas municipais e outros espaços que podemos aproveitar. Mas é importante termos o nosso espaço próprio. É uma caminhada e não vamos parar, até porque temos de aproveitar o dinamismo demostrado pelo núcleo local. Não vamos desanimar por falta de espaço.”

Relativamente ao funcionamento, Eloisa Gonçalves reconhece que delegação perdeu protagonismo ao longo dos tempos, em parte devido a uma combinação de fatores: algumas das pessoas que estavam à frente saíram e houve ainda um desentendimento a nível do espaço e, que foi cedido à um jardim de infância enquanto o espaço próprio deste estavam em obras. Mas a delegação nunca parou de funcionar. Formandas da ilha participaram de formações e também foram distribuídos kits escolas e de covid, e outros donativos, oferecidos pela delegação de S. Vicente. Mas agora que recuperou o seu espaço, ainda que este esteja deteriorado, a presidente acredita que pode voltar aos “bons tempos”.

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Teto da delegação da OMCV – São Nicolau

Quanto ao funcionamento, de acordo com a presidente da OMCV, durante a sua estada na ilha de Chiquinho recebeu alguns pedidos de formação nas áreas de transformação, costura, cabeleireiro e estética, e também de kits para desenvolvimento de atividades geradoras de rendimento. “Ficamos a saber que muitos formandos não conseguiram desenvolver as atividades por falta de kit. Assumimos então o compromisso de procurar financiamento para ministrar novas formações lá onde for necessário e reciclar. Posteriormente faremos o acompanhamento e a entrega de kits.”

Eloisa Freire Gonçalves foi eleita presidente da OMCV a 10 de setembro de 2022. Deste então, tem vindo a visitar as diferentes delegações, faltando neste momento contemplar apenas as da ilha Brava e do Sal. “Desde sempre elegemos como prioridade visitar as delegações menos dinâmica para as estimular e também as mais ativas, caso de Santo Antão, São Vicente e Fogo, ilhas onde temos maior expressão, como forma de reconhecimento pelo trabalho que estes têm vindo a desenvolver.”

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Apesar de conhecer a realidade da OMCV – trabalha na organização hà 14 anos -, a presidente admite que a responsabilidade agora é maior, sobretudo porque, enquanto ong, precisa de financiamentos para viabilizar os seus projectos. Esta é, aliás, uma das maiores dificuldades com que deparam neste momento, tendo em conta a diminuição dos financiamento. “Temos de estar constantemente a procura de recursos, mas estamos a atravessar uma conjuntura de crise e os financiamentos têm vindo a diminuir. Felizmente temos uma equipa muito dinâmica e com vontade de fazer.”

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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