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Morte na esquadra da PN na Ribeira Brava: Familiares contestam tese de suicidio

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A morte de um indivíduo ontem na esquadra de Policia Nacional na cidade da Ribeira Brava (S.Nicolau), detido na sequência de desavenças com a companheira, continua envolta em mistério. Os familiares contestam a tese de suicídio e conhecidos estanham as circunstancias em que ocorreram esta morte. 

A sobrinha malogrado, Ivonne Almeida, diz não compreender como um homem de quase dois metros consegue suicidar dentro da esquadra da PN, apenas com uma camisa. “Por questão de minutos, tempo da família telefonar para perguntar se Neney precisava de alguma coisa, para os agentes nos informar que o nosso tio estava morto. E, quando a familia chegou na esquadra, já tinham colocado o malogrado dentro de um saco de plástico, sem autorização para ver o corpo?, interroga esta jovem, que pede para as autoridades explicarem à família o que exactamente aconteceu.

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“O meu tio não era homem de colocar um fim na sua própria vida e, se as autoridades não nos deixam ver o corpo, na hora do funeral a família vai arrebentar o caixão. Queremos saber o que aconteceu dentro da esquadra, se foi homicídio ou suicídio…Motivo para matar o meu tio todos os policias do município da Ribeira Brava tinham. Não pensam que ele vai ser sepultado sem que a família ver o corpo ….Queremos justiça”, avisa Ivonne. 

Nas redes sociais são várias as pessoas a manifestarem estranheza com o alegado suicídio de Neney de D’ Júnia d’ Gust D’ Dat, como era conhecido. É o caso, por exemplo, de José Júlio Soares, que admite que, até agora, as informações são escassas. “Uns dizem que suicidou-se na Esquadra da PN, ou seja, à guarda das autoridades, com uma camisa que, supostamente, ainda não apareceu (talvez escafedeu-se). Outros acham que não foi suicídio, mas outra coisa qualquer. Esperamos que as Autoridades nos venham a esclarecer este imbróglio, para perceção e “descanso” da família, da população da Cidade da Ribeira Brava, em particular, e São Nicolau em geral”. 

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Há quem vai ainda mais longe e fala, por exemplo, em sufocamento dentro da esquadra e responsabilizam os agentes de serviço. Estes terão, segundo as nossas fontes, levado o indivíduo ao hospital, mas já era tarde demais.

O Mindelinsite tentou ouvir a versão da PN na ilha, mas não foi possível. Cabe agora as autoridades esclarecer os mistérios desta morte repentina. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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