O coordenador local do Siacsa afirmou que o sindicato que representa tem enviado várias notas ao Ministério do Mar, com pedidos de esclarecimentos sobre matérias da sua competência ou solicitando encontros, mas nunca obteve nenhuma resposta. Esta postura da tutela do sector do mar leva Heidi Ganeto a dizer que Abraão Vicente recusa sentar-se à mesa com o Siacsa.
“Temos enviado algumas notas ao Ministério do Mar, em meados de agosto, setembro e outubro do ano passado. Mas nunca tivemos nenhuma resposta. O ministro do Mar recusa sentar-se à mesa com o Siacsa, sem qualquer razão”, afirma este dirigente sindical. Entende Heidi Ganeto que, caso o ministro não quiser encontrar com o Siacsa, poderia delegar à alguma pessoa com responsabilidade, tendo em conta os muitos constrangimentos que o sector do mar tem vindo a enfrentar em São Vicente.
“Queríamos esclarecimentos sobre várias áreas ligadas ao mar e encontros com o próprio ministro do Mar. Mas sem sucesso. Depois ficamos a ouvir que o Siacsa e o seu coordenador estão a fazer politiquices, quando apenas tentamos fazer o nosso trabalho. É desmotivante”, desabafa.
Este dirigente sindical realça que Cabo Verde é um país democrático e que o direito à greve ou a manifestação estão consagrados na Constituição da República. “Que tipo de democracia temos se não podemos reclamar ou exigir os nossos direitos” interroga o coordenador do Siacsa.