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Lídia Lima conversa com beneficiárias dos projectos da OMCV-SV sobre papel da mulher no empoderamento das famílias 

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A Secretaria de Estado da Inclusão Social esteve reunida na tarde desta quarta-feira com  beneficiárias dos projectos da OMCV em São Vicente para uma conversa sobre “O papel da mulher no empoderamento das famílias”, que aconteceu no quadro das celebrações do 44.º aniversário desta organização não governamental. Lídia Lima elencou, entre outros pontos focados durante o encontro, a oportunidade de dialogar sobre as perspectivas que as mulheres e as famílias têm perante a sua vida quando recebem apoios do Estado e das associações e organizações não governamentais.

“Foi uma oportunidade para falarmos da utilidade dos projetos que têm sido implementados, mas também da necessidade das famílias aproveitarem bem esses apoios que vêm das instituições do Estado e das associações para poderem melhorar a sua vida, para poderem se empoderar efetivamente e melhorar a sua atuação no seio das famílias,” disse a SEIS à imprensa, realçando que há muitas mulheres que são chefes de famílias que recebem apoios de forma complementar e integrada, designadamente para a área da infância, educação, subvenção do pré-escolar, inclusão produtiva, capacitação profissional, despesas com a saúde e com medicamentos, entre muitos outros.

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Para Lídia Lima, as famílias devem saber aproveitar os apoios para mudarem a mentalidade em relação à própria vida e promoverem iniciativas no sentido de saírem da pobreza com uma postura mais positiva perante a vida. “Devem saber que a pobreza pode ser combatida também com a elevação espiritual, uma postura positivam muita força e muita determinação, com foco para mudanças que têm a ver com aquilo que nós conseguimos fazer perante nós mesmos e perante a nossa família.”

Defendeu, por outro lado, que as mulheres têm um papel fundamental porque são elas as principais responsáveis pela educação dos filhos, mas também fazer com que a figura masculina participe mais na dinâmica da própria família. “Sabemos que outros males têm vindo a afetar as famílias, nomeadamente o consumo do álcool e de outras drogas. Afetam as crianças no seu dia a dia, no ambiente escolar e na convivência entre si. Muitas vezes as mulheres não conseguem fazer o bom uso desses apoios sociais que recebem porque esses males vão afetando a família, principalmente os filhos.”

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Atuar na prevenção

Por isso, assegura, a necessidade de estarem atentas e atuarem na prevenção a nível da educação dos filhos, no seu acompanhamento escolar e da sua vida social também. Estar atenta em relação a tudo aquilo que constitui um risco e possa pôr em perigo a vida das crianças e dos seus filhos, sejam eles adolescentes ou jovens. “Vamos fazer uma abordagem transversal, mas também ouvir as expectativas das mulheres aqui presentes. Ouvir até que ponto estão a conseguir melhorar a sua vida e sair da situação de pobreza, o que esperam mais do Estado e das associações em termos de projetos que estejam devidamente enquadrados com as novas conjunturas que nós estamos a viver.”

A delegada da OMCV justificou o convite feito à SEIS para ser oradora no encontro pelo “profundo conhecimento” que tem das questões sociais de São Vicente e, principalmente, do papel social das ongs em complementaridade com o governo. Para o efeito, disse Fátima Balbina, juntaram um público diverso, constituído por mulheres que trabalham com crianças e/ou envolvidas em projetos sociais, mas também formandas e beneficiárias dos projecto da organização para ouvir e questionar sobre o que se pode fazer mais. “Muita coisa que já foi feita nestes 44 anos da OMCV, mas ainda há muito por fazer. Temos muitas mulheres e famílias a viverem em situação precária nesta ilha. E, estando a Secretária de Estado aqui connosco, queremos levantar essas questões para ela servir de porta-voz junto do governo e de outras instituições, no sentido de tentar melhorar as condições dessas famílias”, reforçou.  

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Esta termina dizendo que é altura de se chamar a atenção e analisar o que foi feito nesta caminhada de mais de quatro décadas da organização, mas também ver se o que foi feito foi suficiente e o que precisa ser mudado, seja em termos de alteração das leis ou de estratégia para se assegurar a inclusão social. 

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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