Um grupo de jovens de São Vicente com pouco mais de 20 anos decidiu unir forças para mostrar à sociedade que ser fofinha é normal e também bonita. Surgia então as “Plus Power”, presidida por Aldaite Lima, que garante que o objectivo é trabalhar a autoestima de meninas que, por causa do seu peso, sofrem bullying e preconceito.
Segundo a presidente e fundadora do grupo Plus Power, ela e as amigas querem que as “fofinhas” sejam vistas pela sociedade como pessoas normais e bonitas e, com isso, elevar a sua autoestima. A ideia, diz esta jovem que também é fofinha, é levá-las a acreditar que, apesar de estarem acima do peso dito “normal”, podem ser o que quiserem, inclusive modelos. Visa ainda mudar o conceito pré-estabelecido de que modelos são pessoas magras.
“Se tens uma boutique e queres fazer alguma divulgação de roupas chama as meninas Plus Power. Sabemos que há roupas XXL e podemos fazer a sua publicidade. Tudo isso é bem-vindo para nós e para as próprias lojas, que acabam por alcançar um outro público”, desafia Aldaite Lima, que se mostra descontente com o facto de as meninas mais fofinhas ainda sofrerem preconceito e assédio nas suas redes sociais.
Por sua vez, a vice-presidente realça que pretendem mostrar a sociedade cabo-verdiana e mindelense em particular que todos são iguais e que ninguém deve menosprezar ou rejeitar outra pessoa. Para Djennifer Fonseca, esta é uma causa que todos devem abraçar. “Muitas pessoas fofinhas sofrem preconceito, inclusive no meio familiar. Mas, na maioria das vezes, optam por não demonstrar o que sentem. Sofrem caladas. Isso pode levar uma pessoa à depressão ou suicídio”.
Para ajudar, o grupo tem muitas ideias em carteira, nomeadamente a realização de palestras e visitas a domicílio a pessoas acima do peso considerado normal pela sociedade e ajudá-las naquilo que for necessário.
Lidiane Sales (Estagiária)