Um indivíduo de 61 anos, de nome Teodoro Fortes, mais conhecido por “Tiata”, foi atropelado mortalmente na noite de ontem nas proximidades do polivalente do Calhau por uma viatura Hyundai pertencente a uma empresa de construção. Segundo testemunhos de vizinhos e familiares ouvidos por Mindelinsite, Tiata tinha por hábito transitar no meio da via em um local sem iluminação pública, o que terá impedido o condutor de o ver na estrada.
De acordo com o Comandante da Polícia Nacional em São Vicente, a Polícia foi accionada por volta das 19h30, mas, quando chegou ao local, o indivíduo estava morto. “O condutor da viatura que atropelou a vítima encontra-se neste momento sob a alçada da PN para ser entregue ao Ministério Público para tomada de medidas”, declarou .
João Santos confirma que o indivíduo residia na Ribeira do Calhau e estava circulando a pé na estrada, na zona do KM 12, perto da escola local, quando foi atropelado. “Não sabemos ao certo o sentido em que a vítima caminhava, se saída ou voltava para casa. Já a viatura que a atropelou transitava no sentido Calhau-Cidade do Mindelo”, acrescenta o Comandante da PN, que diz não ter nenhuma informação ainda sobre as causas do acidente. Santos admite, no entanto, que a estrada está sem iluminação pública.
Já uma fonte ouvida por Mindelinsite conta que a viatura deslocou-se ao Calhau para levar alguns materiais de construção para uma obra. “Na sua boa vontade, o condutor se disponibilizou para levar os materiais fora do horário de trabalho, que seriam utilizados hoje cedo. No regresso à cidade, ao cruzar-se com uma outra viatura, terá embatido frontalmente na vítima, que estava no meio da estrada”, revela a fonte, apontando como causa principal deste acidente a falta de iluminação da estrada.
“Acidentes próximo da escola e da fábrica de queijo são eminentes devido a escuridão no local. Não se consegue ver nada. A vítima, que reside na zona, tem estado debilitado e costuma passear sozinho nesta estrada. Há muito que havia algum receio de que pudesse acontecer algum acidente porque transitava no meio da estrada por receio de cair nos buracos da berma. Por diversas vezes foi avisado do perigo, mas continuava a andar na estrada.”
A informação é confirmada pelo sobrinho do malogrado, Miro Fortes, que lamenta o ocorrido, mas não culpabiliza o condutor da viatura Hunday. “O acidente ocorreu depois das 19h15. O meu tio estava a dar um passeio. Tinha saído de casa minutos antes e estava próximo do polivalente. É meu tio, mas há algum tempo que vinha transitando no meio da estrada à noite. Por diversas vezes falamos com ele, mas ele era teimoso”, frisou.
De acordo com Miro, na altura do acidente, duas viaturas cruzaram-se na via e fizeram sinais de luz. Foi então que um dos condutores percebeu a presença de uma pessoa na estrada, mas foi impossível evitar o embate frontal. “A estrada é muito escura, não se vê nada. Por isso, a família não culpa o condutor da viatura, que sequer transitava com velocidade elevada. Lamentamos o acidente, mas não podemos ser injustos. Foi uma fatalidade”, conclui.
