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Família SOS expõe e vende bolsas, vasos e plantas ornamentais na Praça Dom Luís

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O Centro Social SOS do Mindelo realiza este sábado, das 8h às 14h, uma feira de produtos “Made 4 SOS” na Praça Dom Luís, que resultam das formações, cujo propósito é empoderar as famílias e proporcionar-lhes uma fonte de renda. Trata-se de uma exposição-venda de produtos “Made 4 SOS” e toda a verba arrecadado destina-se a financiar novas capacitações.  

Segundo Patrícia Évora, esta feira é uma forma de divulgação e escoamento dos produtos das formações ministradas pelo Centro SOS e direccionada às famílias que apoia. “Queremos aproveitar esta oportunidade para vender esses produtos para podermos ter mais recursos, que nos vai permitir comprar matéria-prima para outras acções. Funciona como uma espécie de negócio social”, explica esta psicóloga da Aldeia SOS de São Vicente.

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Graças a estas formações, prossegue, uma boa parte das famílias já iniciaram os seus negócios, sendo que neste momento o Centro apenas faz o acompanhamento. “São famílias que estão a ganhar a sua independência. Participam das formações, aprendem fazendo e o Centro SOS socializa os produtos para que as pessoas fiquem sabendo que há pessoas no mercado capaz de produzir. Recebem ainda formações em empreendedorismo e gestão de pequenos negócios. Tivemos ainda 12 famílias que foram contempladas com microcrédito para apoiar actividades geradoras.”

No caso, a feira “Made 4 SOS” é uma monta dos produtos resultantes das formações. Os visitantes vão encontrar sabões naturais de argila, babosa e enxofre, plantas ornamentais diversas, peças de vestuários e bolsas customizadas, arte em cabedal, de entre muitos outros.  

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Bolsa customizada

Assinatura de protoloco

A par da feira, o Centro SOS do Mindelo vai assinar ainda hoje um protocolo com a Associação Comunitária Alto Bomba Unido, cujo propósito é desenvolver um trabalho conjunto nesta comunidade, basicamente no apoio às famílias. “Com este protocolo pretendem desenvolver um trabalho comunitário com os moradores de Monte Sossego- Alto d´Bomba. Desde 2012 temos vindo a trabalhar com três comunidades. Vamos agora reforçar e alargar esse trabalho à mais quatro. A nossa ideia é manter este suporte até 2024.”

Neste sentido, prossegue, foram identificadas as várias associações das comunidades com quem pretendem trabalhar. Aliás, este é o segundo protocolo, sendo que o primeiro foi com Associação dos Intaentas de Fonte Filipe. O segundo vai ser com a Associação Alto d´Bomba Unido e tem como base o trabalho comunitário e familiar. “Junto com estas associações identificamos as famílias mais vulneráveis e que precisam de apoio em termos de reforço familiar, protecção infantil ou cuidados parentais. Levamos o nosso saber, no que tange ao programa de reforço familiar.”

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O programa prevê a capacitação das famílias por via da formações a nível da intervenção comunitária, acompanhamento familiar e infantil. O trabalho é feito pelas associações, com supervisão do Centro. A comunidade de Alto Bomba, diz esta técnica, possui enormes carências. Cita a título de exemplo os muitos jovens desocupados e com poucas habilitações porque abandonam a escola precocemente e as muitas casas de latas, que trazem vulnerabilidades às crianças. “Queremos criar uma rede de segurança integral das crianças e autonomia das famílias.”

O Centro SOS do Mindelo apoia 31 famílias, totalizando 242 pessoas das quais 124 são crianças, proporcionando-as condições para enfrentar a situação de vulnerabilidade que vivem e que foi agravada pela pandemia da Covid-19. Neste sentido, tem vindo a distribuir cestas básicas, material de higiene e proteção, fazer a manutenção das residências, de entre outros. Como forma de se evitar a dependência e fugindo a lógica assistencialistas, estas famílias têm vindo a receber formações em confeção de sabão, empreendedorismo, informática básica e marketing digital, costura criativa e em áreas ambientais. Estas formações resultaram na produção de uma vasta gama de produtos.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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