A Escola Valentina, estabelecimento de ensino primário que integra o agrupamento 8 junto com a Escola da Ribeira Bote, sofreu três roubos no espaço de pouco mais de um mês. O último arrombamento ocorreu na manhã de sábado, 7 de janeiro. O primeiro roubo aconteceu no dia 20 de novembro e o segundo a 23 dezembro de 2022, e juntos estão a condicionar de forma significativa o normal funcionamento da escola. As refeições quentes e as aulas de música foram suspensas.
Em declarações ao Mindelinsite, Jailson Carvalho mostra-se revoltado com mais este roubo, o terceiro consecutivo. “Infelizmente temos um guarda que trabalha apenas no período nocturno, sendo que os roubos têm acontecido apenas durante o dia. Foram três roubos, sendo um na direcção e dois na cozinha. As perdas são significativas: dois cavaquinhos, algumas flautas, frascos de álcool gel, gêneros alimentícios, um ferro de Soldar, uma panela de pressão, todas as colheres, pratos e copos, uma panela grande e uma panela pequena, de entre outras coisas”, detalha.
Os dois primeiros roubos, prossegue, foram relatados à Polícia Nacional. Carvalho critica no entanto a actuação desta polícia que, afirma, sequer tentou visualizar as duas câmaras de segurança que existem na rua onde fica localizado a escola. Hoje, este optou por recorrer a Polícia Judiciária. “Pelo menos desta vez temos uma testemunha, que conseguiu ver o meliante. Este garante que se ver o rosto do ladrão novamente consegue reconhecê-lo”, afirma este responsável, que acredita que os roubos foram praticados pelo mesmo individuo, tendo em conta o ‘modus operantis’.
“O ladrão quebra sempre as portas para entrar. No roubo de dezembro, optamos por remediar a porta com tiras de madeira, que foram novamente quebradas. Temos neste momento duas portas destruídas. Penso que a solução será recorrer a grades ou mandar fazer uma porta de ferro. Mas isso acarreta custos. Estamos a aguardar por uma decisão da delegação ou do próprio Ministério da Educação.”
Questionado sobre o impacto destes roubos no normal funcionamento da escola, Jailson Carvalho diz que este é muito grande. A título de exemplo, revela que a escola teve de suspender a distribuição de refeições quentes por falta de talheres, pratos e panelas. Igualmente, viu-se obrigada a descontinuar as aulas de música por falta de instrumentos. “A nossa escola vive de apoios que recebemos de alguns parceiros. Guardamos os donativos para uso próprio, mas agora estão a ser roubados.”
Jailson Carvalho lembra que, há pouco mais de um ano, a instituição que dirige foi alvo de um primeiro arrombamento. Na altura levaram um portátil, um data show e uma coluna de som com microfone que era muito utilizado nas suas actividades.