Os sindicatos que representam os trabalhadores do IEFP anunciaram hoje a suspensão da greve agendada para os dias 8, 9 e 10 de Dezembro. Luís Fortes diz que foram surpreendidos com a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários e da lista de transição que estes trabalhadores vinham reivindicando, depois de serem “amedrontados” e pressionados a recuar.
Segundo Fortes, durante 26 anos, os trabalhadores do IEFP não tiveram uma carreira estável e nem um PCCS. No entanto, no mesmo dia da negociação, os obstáculos que vinham sendo colocados foram ultrapassados. “Por isso digo que não havia vontade para a aprovação deste importante instrumento. Foi necessário a luta desses trabalhadores para que que o PCCS fosse assinado no mesmo dia da negociação. Conseguimos negociar as requalificações, as promoções e enquadramento, conforme as habilitações literárias dos funcionários”, detalhou este sindicalista.
As negociações, diz Fortes, arrastaram-se até por volta das 22 horas de ontem. Foi nesta altura que o vice Primeiro-ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, enviou toda a documentação. “Infelizmente, o documento não contempla o retroactivo a 1 de janeiro de 2020, apesar das inúmeras promessas do presidente do Conselho Directivo do IEFP. Os sindicatos avaliaram a posição dos trabalhadores e a situação financeira do país no que diz respeito a Covid-19 e decidiram pela suspensão da greve.”
Mas Fortes garante que estão atentos à publicação do PCCS no Boletim Oficial. “Continuamos atentos e aguardar a publicação no BO do Plano de Cargos e Carreiras do IEFP e da lista de transição para que os funcionários possam de facto ver se estão bem enquadrados. Isto quer dizer que a luta não acabou, até porque nem todas as reivindicações foram atendidas”, avisa.
Lidiane Sales (Estagiária)
