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Cabo-verdiano agredido até à morte nos Açores 

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Um homem de nacionalidade cabo-verdiana, de 50 anos, foi violentamente agredido no domingo junto a uma discoteca, na cidade de Horta nos Açores. A vitima, que trabalhava na área da construção civil, esteve em coma induzido, mas faleceu de segunda-feira, de acordo com informações partilhada nas redes sociais para familiares e amigos.

De acordo com a imprensa lusa, a Polícia Judiciária está a investigar esta violenta agressão que ocorreu na madrugada de domingo, junto a uma discoteca, na cidade da Horta, nos Açores, a este homem natural de Cabo Verde. A vítima, dizem, com cerca de 50 anos e que trabalhava no ramo da construção civil, terá sido agredido no exterior de uma discoteca em circunstâncias ainda por apurar, caindo inanimado no chão, sem que o agressor lhe tenha prestado auxílio.

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Nas sociais, a vítima é identificado como Ademir Araújo Moreno. Segundo estes, as autoridades tomaram conta da ocorrência, identificaram as pessoas envolvidas e encaminharam o processo para o Ministério Público. Esta já requereu, entretanto,  a participação da Polícia Judiciária, que está a investigar o caso, mas ainda não deteve o suspeito, indicou fonte da PSP.

Após a agressão, os Bombeiros Voluntários do Faial foram chamados ao local e transportaram a vítima até ao Hospital da Horta, que ainda ponderou enviá-la para outra unidade de saúde dada a gravidade do seu estado clínico. Mas a evacuação não se concretizou devido ao quadro clinico reservado.

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Foi então colocado em coma induzido, mas não conseguiu sobreviver, revela o Santiago Magazine, acrescentando que os familiares e amigos do malogrado, na na Praia, sua cidade natal, estão consternados e têm manifestado a  sua mágoa nas redes sociais. Recordam a figura carismática que foi Ademir, filho de um dos maiores nomes do futebol praiense, Djudja de Achada Santo António.

Nas redes sociais multiplicam-se também publicações de consolo à família de Araújo, que alguns consideram ter sido vítima de “ódio racial”. “Um homem, um pai, um ser humano, um negro brutalmente assassinado, por um ato de covardia e racismo, na porta de uma discoteca e fugir logo de seguida. Uma vida perdida por uma infantilidade, uma vida perdida por puro ódio racional, uma vida perdida por ser o mais fraco”, lê-se numa das publicações.

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Aliás, está marcado para às 18 horas desta terça-feira, hora em Cabo Verde, uma vigília e manifestação antirracista em frente à Câmara Municipal da Horta.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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