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Bioanalítica alerta para aumento de casos de esquistossomose  em São Miguel e possível alastramento para outros municípios 

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O grupo Bioanalítica Internacional, liderado pelo cientista Maximiano Fernandes, testou com sucesso o novo reagente parasimax multicolor nas amostras de urina aleatórias recolhidas em São Miguel. Os resultados, de acordo com este especialista, mostram um potencial aumento de casos e possível alastramento para outras municípios da ilha de Santiago e resto do país. 

O experimento, explica o cientista Maximiliano Fernandes, foi iniciativa da Região Sanitária Santiago, norte promovida no dia 11 de Março, durante uma formação ministrada pela Bioanalítica para reforçar a capacidade dos técnicos de laboratório dos seis municípios que compõe a região: Santa Catarina, São Salvador do Mundo, São Lourenço dos Órgãos, Santa Cruz, São Miguel e Tarrafal. 

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Foram realizadas exames fisico-químico e análise microscópica aplicando o novo reagente parasimax multicolor. No mesmo dia, foi também testado outro método ainda mais sensível, denominado Tick Smear Schistosomax Staining, que se mostrou eficaz em amostras com grande quantidade de sangue.

Curiosamente o tempo de detecção de equistossomose foi tão rápido que mostrou um recorde de entre 16 e 30 segundos, sendo que em algumas amostras foi de apenas 1 segundo. “Mesmo testado em amostras aleatórias, os dados mostram que os casos podem ter aumentado. Por isso, recomenda-se acções rápidas para o controlo para evitar disseminação para outras regiões com condições propícias para proliferação do agente infeccioso”, informa este especialista

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A outra recomendação, segundo Maximiliano Fernandes, é utilização de fitas reactivas para detectar sangue nas amostras, que é um alerta para possíveis casos positivos, uma vez que, em comparação com parasimax ,mostrou associação significativa aplicando o teste estatístico Qui-quadrado. Ou seja na maioria das vezes que o método parasimax detectou Schistosoma haematobium, também os exames da fita para o sangue mostrou resultado positivo.

O cientista da Bioanalitica termina lançando um forte apelo às autoridades competentes para o auxílio de certificação urgente dos novos métodos para que sejam aplicados na rotina dos laboratórios.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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