A Procuradoria-Geral da Republica ordenou a abertura de instrução para apurar os factos denunciados pelos candidatos da UCID em São Vicente e do MpD nos Mosteiros. Em São Vicente, afirma, António Monteiro acusou a candidatura liderada por Augusto Neves (MpD) de tráfico de drogas, associação criminosa e corrupção passiva e ativa do eleitor, nos Mosteiros a Isidoro Gomes (MpD) incriminou o PAICV por crimes de “corrupção passiva e ativa”.
Em comunicado, a PGR explica que, no rescaldo das eleições autárquicas de 2024, em reação aos resultados apurados, alguns candidatos proferiram afirmações imputando factos com alguma gravidade, aos candidatos e candidaturas adversários, configurando a prática de crimes.
“O candidato da UCID à Câmara de São Vicente imputou a uma candidatura adversária factos que configuram a prática de crimes de “tráfico de drogas de alto risco” e de “associação criminosa para o tráfico de droga”, previstos e punidos pelo art.º 3º e art.º 11º, ambos da Lei nº 78/IV/93, de 12 de julho, respetivamente, e crime de “Corrupção ativa e passiva de eleitor”, previsto e punido pelo art.º 323º do Código Penal”, detalha a nota.
Já na ilha do Fogo, o candidato do MPD à Câmara Municipal dos Mosteiros, imputou à candidatura adversária do PAICV, factos que configuram a prática de crime de “Corrupção ativa e passiva de eleitor”, sublinha, acrescentando que, diante destas denuncias, o Ministério Público decidiu abrir uma instrução para investigar a existência de factos puníveis e responsabilizar os seus agentes.
As instruções vão decorrer nas Procuradorias das Comarcas de S. Vicente e dos Mosteiros, respetivamente. Antes do anúncio da abertura destas instruções, o Presidente da Republica também defendeu uma investigação às denúncias de compra de votos e de bilhetes de identidade.