Cabo Verde tem 32 casos confirmados de dengue e 139 suspeitos, de acordo com a Diretora Nacional da Saúde, Angela Gomes. Estes números mostram um aumento consistente da doença no país 20 dias após o ressurgimento dos primeiros dois casos na cidade da Praia.
“O registo do dia 27, segunda-feira, indica que temos um total de 139 casos notificados, sendo que 32 destes já foram confirmados do ponto de vista laboratorial”, declarou Angela Gomes, a margem do Atelier de Validação do Novo Plano Multisectorial Integrado para a Prevenção e Controlo das Doenças Não Transmissíveis (DNTs) 2024-2028, realizado na capital.
Tendo em conta que, no caso da dengue, o cuidado abrange não apenas o paciente, mas também a implementação de acções preventivas, as campanhas de informação, limpeza e pulverização antimosquitos foram reforçadas, sobretudo nas zonas com muitos casos. “Estamos realizando pulverização em um raio de 500 metros e intervenções nas casas das famílias afetadas. É crucial agir preventivamente para conter a propagação da doença”, enfatizou Gomes.
A maior concentração de casos foi observada em um único foco, totalizando 83 registos, enquanto há 140 casos suspeitos em investigação, lê-se num comunicado divulgado na página do governo. A diretora da Saúde ressaltou a importância de compreender a definição de caso para a dengue, incluindo todas as pessoas que procuram assistência médica devido a febre alta e dois ou mais sintomas associados, como dores de cabeça, dores no corpo e mal-estar.
De referir que o surto mais grave de dengue em Cabo Verde foi registado em 2009, com mais de 20 mil casos e seis óbitos, todos na ilha de Santiago. Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, a par de inflamações na pele, fazem parte dos sintomas da infeção que, nos casos mais graves, pode evoluir para dengue hemorrágica e, no limite, causar a morte.
Ângela Gomes instou a população a adotar medidas preventivas e buscar atendimento médico ao menor sinal de sintomas relacionados à dengue. “A resposta ativa das autoridades de saúde e a colaboração da comunidade são cruciais para conter a propagação da doença”, finalizou.