As Universidades de Cabo Verde e de Roterdão e a Fundação Intercâmbios Internacional rubricaram um protocolo tri-partido de cooperação, com a vigência de três anos, que vai permitir a estas duas instituições de ensino superior intensificar as suas atividades e permitir que estudantes e docentes da Holanda viajam para o arquipélago e vice-versa para troca de experiência.
Em conversa com o Mindelinsite a partir da Holanda, Margarida De Lege-Silva Mendes explicou que a assinatura desde protocolo, na sexta-feira, foi o culminar de um processo que iniciou há algum tempo. Em representação da Uni-CV, rubricou o documento Bruno Miguel Santiago Andrade, responsável de trabalhos internacionais da instituição, que juntou a sua assinatura as da presidente da Fundação Intercâmbios Internacional e do director da Universidade de Roterdão.
“Durante três anos as duas universidades, com apoio da Fundação Intercâmbios Internacional, vão intensificar as atividades e mobilidades de alunos e professores. Virão alunos e docentes de Cabo Verde para Holanda e vice-versa”, declarou Margarida Mendes, que lamentou, entretanto, a ausência, sem justificação, dos representantes de Cabo Verde em Holanda e Bruxelas.
A presidente da Associação Intercâmbios Internacional destaca, por outro lado, a presença do presidente do PAICV, Rui Semedo, que afirma se encontrava de visita à Roterdão e, convidado de última hora, fez questão de aparecer e representar Cabo Verde. “Este político se encontrava em Roterdão para participar de outras atividades, mas fez questão de estar presente. Ficamos gratos porque a assinatura deste protocolo não estava no seu programa.”
Sobre o protocolo em si, Margarida Mendes explica que a ideia da assinatura surgiu na sequencia do trabalho que a Fundação Intercâmbios Internacional tem vindo a realizar, nomeadamente no que tange ao envio de estudantes para Cabo Verde. “Temos enviado alguns estudantes para o nosso país para fazerem as suas teses ou estágios. Por exemplo, no ano passado enviamos quatro alunos estudantes para fazer um trabalho Water Management na Praia. Entramos em contacto com a UniCV para procurar apoio e este foi de grande valia”, diz
De acordo com a presidente da Fundação Intercâmbios, estes universitários ficaram muito satisfeitos com a parceria e abriu-se a possibilidade de alunos de Cabo Verde também viajarem para Holanda. “Analisamos a situação e fizemos um pedido na União Europeia no âmbito do Erasmus, que foi aprovado no dia a 24 de julho último. Decidimos então colocar tudo por escrito, através da assinatura de um protocolo, que aconteceu na sexta-feira.”, sublinha.
Criada em 2008 em Roterdão, A Fundação intercambios Internacional criado tem vindo a desenvolver várias atividades em Cabo Verde, com o objectivo de trocar experiências. A maior parte dos seus membros, segundo a sua presidente, são cabo-verdianos, alguns deles nascidos no arquipélago mas que emigraram ainda criança e outros nascidos em Holanda. Há também membros de outras nacionalidades, com ligações à Cabo Verde, seja pelo matrimonio ou outro.
