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Por uma verdadeira cultura de integridade, probidade, ética e impessoalidade na gestão do que é nosso, nossos recursos (Parte II)

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Esse post é à revelia (a quem peço as minhas sinceras e antecipadas desculpas) do Dr Tito, Dra Nadine, Dr Charles, Dra Tutu Silveira, Dra Karine Mascarenhas e Dra Yosleivy Saavedra sou obrigado a utilizar o écran ( de novo, sorry) e escrever mais umas notas de cidadania. É que “OS HOMENS DO PRESIDENTE” não nos dão tréguas.

Por: Américo Faria Medina

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Mas inspirado pela capacidade de resistência e luta dos notáveis “HOMENS DO PRESIDENTE”, eu também vou dar a minha luta contra esses conspiradores de bata branca soltos por aí, que me querem deportar para o estrangeiro. Eu que tinha dito que era até a voz me doer, afirmo agora que é até os olhos me doerem, não sabem com que olhos foram-se meter, essa frente médica de blindagem reforçada!

Assim, as ondas de choque relacionadas com a “DÉBORAGATE” ainda se fazem sentir e, já somos confrontados com a possibilidade de abertura de uma nova “GATE” tendo como epicentro e de novo, a Casa Civil de S.E. o Senhor PR!

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Mas isto nunca mais vai parar camaradas? O que se passa realmente na Presidência da República e sua Casa Civil? O que teremos a seguir?  Dá para estarmos tranquilos de facto Mr. Presidente? Vamos ter que continuar com o credo na boca ao longo de todo esse mandato?

A questão dos políticos e gestores públicos que tomam decisões em benefício próprio, especialmente quando há transação de bens e patrimônios, é um tema que suscita preocupações profundas em termos de ética, transparência e governança em todo o lado. 

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Em muitos casos, essas ações e más práticas podem ser vistas como corrupção, uma violação dos princípios básicos que deveriam guiar a administração pública tornando-se particularmente preocupantes quando envolvem a governança de órgãos de soberania, seus integrantes e administradores, minando a confiança dos cidadãos nas instituições e na política em geral, ao priorizarem e misturarem interesses próprios com necessidades reais do Estado.

Por detrás, como já tive oportunidade de opinar aqui, muitas vezes temos necessidades criadas de forma fictícia para responder a necessidades outras? Será que isso está fugindo ao nosso controlo de forma acelerada e com recurso à “verdade” e “transparência”? Qual a verdadeira dimensão da “desordem” na Casa Civil da PR?

 As transações em que se utilizam “posicionamento” (a tal questão da impessoalidade abordada aqui anteriormente) ou informações privilegiadas do cargo público para obter vantagens ou benefícios não apenas desvirtuam o propósito da função pública, mas também promovem desigualdades e assimetrias várias, afetando a justiça e a equidade nas relações de natureza vária e a todos os níveis da sociedade. Isso é incomportável para um país frágil como o nosso, as consequências nefastas serão de difícil absorção e processamento.

Além disso, o recurso à “pedagogia” em vez das punições previstas e adequadas para as más práticas, perpetua um ciclo vicioso em que novos políticos e gestores sentem-se incentivados a agir da mesma forma, uma vez que percebem que as penalidades são inexistentes. Isso leva à normalização das más práticas (especialistas dizem corrupção) e à desvalorização dos princípios éticos… – uns dizem o princípio do fim!

Acho que  estamos  vivendo uma conjuntura, um contexto em que devemos debruçar e promover com muita seriedade uma reflexão sobre a ética na gestão pública, por forma a verdadeiramente fortalecermos a democracia e garantir que todos os cidadãos usufruem de ambientes institucionais que promovam de facto os interesses coletivos e não os pessoais; devemos envolver-nos todos de facto na promoção de uma cultura de integridade e responsabilidade das administrações públicas a todos os níveis, visando a recuperação da confiança da população e assegurar que o patrimônio público, os nossos bens,  sejam geridos de forma justa e eficaz. 

A participação ativa da sociedade civil e a imprensa (uma verdadeiramente livre) são chamados hoje e mais do que nunca entre nós, a desempenharem papéis cruciais na luta contra as más práticas (especialistas dizem , corrupção) mantendo os gestores públicos sob constante escrutínio, vigilância e responsabilização.

É preciso acabarmos com essa diversão como cantou o Carlos Puebla!

P.S. Uma questão: no nosso caso não é o Chefe da Casa Civil quem nomeia e coordena a DG?

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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