As negociações entre Ucrânia e Rússia foram retomadas esta quarta-feira. Do lado ucraniano, o Presidente Volodymyr Zelensky disse que as exigências russas estão a tornar-se “mais realistas”. Já o Kremlin, não parece ser tão optimista, no entanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo admitiu que existe “alguma esperança” de chegar a um acordo.
Após três semanas de guerra e várias rondas de negociações parece que finalmente se começa a vislumbrar alguma esperança de um acordo entre as partes beligerantes. Num discurso à nação transmitido esta madrugada na Ucrânia, Zelensky afirmou que é necessário tempo para as negociações, que estão a ser realizadas por videoconferência.
“Todos devem trabalhar, incluindo os nossos representantes nas negociações com a Federação Rússia. É difícil, mas importante, dado que qualquer guerra acaba com um acordo. Os encontros continuam e, ao que tudo indica, as posições são mais realistas. Mas é preciso tempo para que se tomem decisões que vão ao encontro dos interesses da Ucrânia”, afirmou.
O líder ucraniano, que deve discursar hoje no Congresso dos Estados Unidos, agradeceu ao presidente norte-americano Joe Biden e a “todos os amigos da Ucrânia”. Biden assinou ontem, terça-feira, uma lei que atribui 13,6 mil milhões de dólares, ou seja, 12,4 mil milhões de euros, em ajuda à Ucrânia.
Zelensky pediu mais armas e mais sanções para punir a Rússia e repetiu o apelo para “fechar os céus sobre a Ucrânia aos mísseis e aviões russos”. O governante disse ainda que na terça-feira as forças russas foram incapazes de avançar no território ucraniano e continuaram um forte bombardeamento de várias cidades.
Ontem, 28.893 civis conseguiram fugir dos combates ao longo de nove corredores humanitários, embora os russos não tenham permitido a entrada de ajuda humanitária na cidade de Mariupol, concluiu.
C/RTP