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Trump ataca as Nações Unidas e afirma que poderia ganhar Nobel da Paz

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Durante discurso no primeiro dia da Assembleia Geral, em Nova Iorque, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desqualificou as Nações Unidas, atribuiu a si mesmo a façanha de ter encerrado sete guerras, advertiu os países europeus e negou a existência de mudanças climáticas. Após “atirar” para todos os lados, afirmou que poderia ganhar o Nobel da Paz. 

As ofensas às Nações Unidas começaram com críticas ao não funcionamento das escadas rolantes da sede, em Nova Iorque, e do teleprompter, o que terá levado o presidente dos EUA a improvisar o discurso por várias vezes. “Isso é tudo o que consegui da Organização das Nações Unidas”, ironizou. No entanto, o porta-voz da ONU garantiu que a responsabilidade pela operação do teleprompter era da Casa Branca e anunciou uma investigação sobre o defeito nas escadas rolantes. 

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Segundo líder a discursar no primeiro dia da Assembleia Geral, depois do Presidente do Brasil, Donald Trump atacou o multilateralismo, questionou o papel da ONU, minimizou as mudanças climáticas, criticou a Europa por permitir a entrada de imigrantes, prometeu “explodir” os cartéis do narcotráfico e se promoveu como o único governante a acabar com sete guerras no planeta.

“Qual é o propósito das Nações Unidas? A ONU tem um potencial tremendo… Tudo o que parecem fazer é escrever uma carta com palavras muito fortes e nunca dão seguimento a ela. São palavras vazias e palavras vazias não resolvem guerras”, declarou. “A ONU tem um potencial tremendo. Eu sempre disse isso. Mas sequer chega perto de estar à altura dele”, acrescentou. 

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Durante 57 minutos – 40 a mais do que o planejado. -, Trump falou à base conservadora republicana e fez elogios a si mesmo. “Em apenas sete meses, acabei com sete guerras … Nenhum presidente ou primeiro-ministro – e, aliás, nenhum outro país – jamais fez algo parecido, e eu fiz isso em apenas sete meses”, disse o americano, citando, a título de exemplo, os conflitos entre Camboja e Tailândia; Kosovo e Sérvia; RD Congo e Ruanda; Índia e Paquistão; Israel e Irã; Egito e Etiópia; e Armênia e Azerbaijão. 

“Eu tive que fazer essas coisas, ao invés da ONU”, criticou, ao acusar as Nações Unidas de “nem sequer tentarem ajudar” para pôr fim a esses conflitos. Em relação à Venezuela, enviou um recado aos cartéis do narcotráfico, ao defender os ataques a embarcações no Mar do Caribe. “A todo terrorista bandido que esteja traficando drogas venenosas para os EUA: estejam avisados, faremos vocês explodirem”, avisou. Trump notou que as drogas enviadas aos EUA têm matado “centenas de milhares de americanos” e culpou o presidente da Venezuela. “Recentemente, começamos a usar o poder militar para destruir as redes do tráfico venezuelanas lideradas por Nicolás Maduro.”

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O discurso ganhou um tom mais duro quando Trump acusou a Europa de estar sendo “invadida por imigrantes ilegais”, prevendo que cidades como Londres caminham rumo à Lei Sharia, o conjunto de normas jurídicas e princípios religiosos baseados no Alcorão e na tradição islâmica, que orientam tanto a vida espiritual quanto aspectos sociais e legais em países muçulmanos. Pediu, por isso, o fim imediato das políticas de fronteiras abertas. “É hora de acabar com o experimento fracassado. Seus países estão indo para o inferno”.

Trump teve tempo ainda para chamar a mudança climática de “o maior golpe já perpetrado no mundo” e acusou o governo Biden de ter “perdido mais de 300 mil crianças” para o tráfico de pessoas.Anunciou, entretanto, uma nova iniciativa internacional para pôr fim ao desenvolvimento de armas biológicas.

C/Agências de Notícias

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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