A missão das Nações Unidas no Sudão informou que três funcionários do Programa Mundial de Alimentos (PAM) foram mortos durante os confrontos que eclodiram no norte de Darfur, em meio aos combates o Exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR). O porta-voz do secretario-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que os responsáveis pelas mortes desses cooperantes devem ser “levados à justiça o mais depressa possível”.
Os confrontos no Sudão já provocaram 56 civis mortos. O país, à beira de que o conflito que arrisca se transformar em guerra civil, acordou com aviões militares sobrevoando o centro da capital, Cartum, e outros pontos a leste e ao sul da capital, enquanto os choques continuavam em outras cidades. Ontem, a missão das Nações Unidas informou que três funcionários do PAM foram mortos. “Três funcionários do Programa Mundial de Alimentos (PMA) foram mortos em confrontos que eclodiram em Kabkabiya, Darfur do Norte, em 15 de abril, enquanto estavam em serviço”, disse em um comunicado.
O representante da missão no Sudão “condenou energicamente os ataques contra pessoal das Nações Unidas”, transmitiu suas condolências às famílias das vítimas e manifestou sua “extrema preocupação” com “relatos de projéteis atingindo as instalações da ONU” durante os combates. Volker Perthes não especificou como morreram os trabalhadores do PMA, organização que foi alvo de ataques de grupos armados antes mesmo do início da rebelião. Entretanto, o PAM decidiu suspender temporariamente suas operações no Sudão, informou Cindy McCain, diretora-executiva da organização.
O secretário-geral António Guterres, através do porta-voz das Nações Unidas, também já veio a publico condenar vigorosamente as mortes de civis, incluindo dos três trabalhadores humanitários. Em nota, Stephane Dujarric informa que “ as instalações da ONU e de outras organizações humanitárias também foram atingidas por balas e saqueadas em vários locais em Darfur”.
O Conselho de Segurança da ONU irá discutir hoje a situação no Sudão à porta fechada disseram fontes diplomáticas à agência de notícias France-Presse.
C/Agências