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OMS atualiza lista de bactérias que mais ameaçam a saúde humana

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou hoje uma lista de 15 bactérias que considera uma ameaça à saúde humana devido à sua crescente resistência aos antibióticos e apelou ao desenvolvimento de novos tratamentos. O levantamento faz parte dos esforços para conter a resistência antimicrobiana, problema de saúde global que perigam muitos ganhos da medicina moderna.

Segundo uma noticia divulgada no site das Nações Unidas, esta atualização é fundamental para enfrentar a resistência antimicrobiana, destacada pela agência como um dos maiores desafios de saúde global. A resistência antimicrobiana, afirma, ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas já não são contidos pelos medicamentos, aumentando o risco de propagação de doenças e mortes. O problema é motivado, em grande parte, pelo uso indevido e excessivo de antimicrobianos.

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A Directora-Geral adjunta de Resistência Antimicrobiana da OMS, Yukiko Nakatani, defendeu a importância de mapear a carga global de bactérias resistentes aos medicamentos e avaliar o seu impacto na saúde pública. “Desde que a primeira Lista de Patógenos Bacterianos Prioritários foi lançada em 2017, a ameaça da resistência antimicrobiana intensificou-se, minando a eficácia de numerosos antibióticos e colocando em risco muitos dos ganhos da medicina moderna.”

Dentre os agentes patogênicos de prioridade crítica estão as bactérias gram-negativas resistentes aos antibióticos de último recurso e o Mycobacterium tuberculosis, resistente ao antibiótico rifampicina. Representam grandes ameaças globais devido à sua elevada carga e à capacidade de resistir ao tratamento e espalhar a resistência a outras bactérias, reforça a OMS. 

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Os agentes patogênicos de alta prioridade, como a Salmonella e a Shigella, representam um fardo elevado nos países de rendimentos baixo e médio, juntamente com a Pseudomonas aeruginosa e o Staphylococcus aureus, que representam desafios significativos nos ambientes de saúde. A estas juntam ainda a Neisseria gonorrhoeae e Enterococcus faecium, que trazem desafios de saúde pública, incluindo infecções e resistência a múltiplos antibióticos, remata as Nações Unidas.

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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