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Milhares de pessoas manifestam em Hong Kong

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Milhares de pessoas estão a manifestar-se hoje em Hong Kong contra um projecto de lei que permite a extradição de suspeitos de crimes para a China. Pedem também a demissão da chefe do governo local, Carrie Lam.

Esta é a primeira manifestação na antiga colónia britânica desde o ataque à sede do Conselho Legislativo, no dia 1 de Julho, altura em que o território comemorava o 22.º aniversário da transferência de soberania.

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Os manifestantes, quase todos vestidos de preto, empunham cartazes com frases como “Juntos, de pé” e “Não à extradição para a China” ou “Carrie Lam, demissão”, descrevem a agência de notícias AFP e Efe.

O protesto deverá terminar junto à estação de comboios de alta velocidade, que liga Pequim a outras cidades da China, onde já se encontra um dispositivo de cerca de 1500 polícias para evitar incidentes.

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De acordo com a Associated Press, as autoridades colocaram barricadas, bloqueando a entrada principal da estação para impedir qualquer tentativa de entrada forçada.

A entidade que gere os transportes públicos decidiu autorizar a entrada na estação apenas a passageiros com reservas e os órgãos de comunicação social de Hong Kong noticiaram que a venda de bilhetes foi suspensa.

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Alguns grupos pediram, através das redes sociais e da Telegram, para que os manifestantes “tomassem” a estação, um dos símbolos da presença chinesa na cidade, argumentando que, no interior, estão agentes da polícia continental e que se trata de uma das fronteiras da região autónoma.

Após o ataque ao Conselho Legislativo, que ocorreu na noite de segunda-feira, agudizou-se a crise política em Hong Kong, com várias manifestações pacíficas, mas também uma série de confrontos violentos com a polícia.

Os protestos obrigaram a chefe do Governo a suspender a discussão da proposta de lei e a pedir desculpas à população. Contudo, Carrie Lam recusou-se sempre a retirar definitivamente a proposta de lei.

Desde o início das manifestações, foram presas 71 pessoas, segundo avançaram à Efe fontes do movimento pró-democracia.

C/Agências Internacionais

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Constanca Pina

Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ). Trabalhou como jornalista no semanário A Semana de 1997 a 2016. Sócia-fundadora do Mindel Insite, desempenha as funções de Chefe de Redação e jornalista/repórter. Paralelamente, leccionou na Universidade Lusófona de Cabo Verde de 2013 a 2020, disciplinas de Jornalismo Económico, Jornalismo Investigativo e Redação Jornalística. Atualmente lecciona a disciplina de Jornalismo Comparado na Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

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