Foram detidas 667 pessoas em França na terceira noite consecutiva de protestos após a morte de um jovem de 17 anos pela polícia, segundo dados do Ministério do Interior francês. 249 elementos das forças de segurança ficaram feridos.
O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou para hoje uma nova reunião de crise. O chefe de Estado deverá encurtar a sua presença em Bruxelas, onde se encontra a participar numa cimeira europeia, para regressar a Paris.
“Ontem à noite, os nossos agentes da polícia, gendarmes e bombeiros enfrentaram novamente com coragem uma [noite de] rara violência. Seguindo as minhas instruções firmes, eles fizeram 667 detenções”, escreveu o ministro do Interior, Gerald Darmanin, na rede social Twitter.
Prevendo outra noite turbulenta, o governo mobilizou 40 mil agentes em todo o país, que, por volta das 3h (horário local), já haviam efetuado 421 detenções, segundo o Ministério do Interior. A maioria dos detidos tem de 14 a 18 anos.
Esta sexta, manifestantes entraram em confronto com a polícia em várias cidades: lojas e bancos foram destruídos ou incendiados e ônibus foram virados.
A violência começou na terça-feira, 27, nos arredores de Paris, e se estendeu a outras partes da França, depois da morte de Nahel, 17 anos. O adolescente foi atingido por um disparo à queima-roupa efetuado por um agente durante uma operação, registrado em vídeo.
C/Agências