O presidente cessante do Brasil declarou na noite de ontem, mais de 24 horas após a confirmação da vitória de Lula da Silva que não pretende contestar o resultado das eleições presidenciais. Jair Bolsonaro garantiu, entretanto, que não tenciona felicitar o sucessor.
A longo do dia, camionistas aliados de Jair Bolsonaro fecharam as vias em protesto contra a vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores, o que fez pressupor uma contestação das eleições. Mas, pelo mundo, dezenas de chefes de Estado foram saudando Lula, indicando que a comunidade internacional não aceitará qualquer desfecho fora da normalidade.
Na noite de domingo, logo após ser conhecido o veredicto das urnas, ministros, aliados e jornalistas que se deslocaram ao Palácio da Alvorada foram informados de que o presidente não receberia ninguém e iria dormir. E às 22h06, as luzes da residência oficial apagaram-se mesmo – relatos de aliados falaram em estado de “tristeza” e de “abatimento”. Na manhã seguinte, o ainda presidente chegou, em silêncio, pouco depois das 09h00 ao Palácio do Planalto, sede do governo, ao lado do candidato a vice, Braga Netto, e do filho mais velho, senador Flávio Bolsonaro.
Horas depois, Flávio Bolsonaro deu a entender nas suas redes sociais que o pai aceitava a derrota. “Obrigado a cada um que nos ajudou a resgatar o patriotismo, que orou, rezou, foi para as ruas, deu seu suor pelo país que está dando certo e deu a Bolsonaro a maior votação de sua vida! Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do nosso Brasil! Deus no comando!”.
Entre as autoridades mundiais que já felicitaram o presidente eleito estão o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, o ministro do ambiente da Noruega, os chefes de Estado da China, Alemanha, Espanha, Italia, Chile, México, Estados Unidos, Cabo Verde e muitos outros países.
C/ Agências Internacionais